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Desenhista também havia sido indicado nas categorias ilustração e livro infantil. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Desenhista também havia sido indicado nas categorias ilustração e livro infantil.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O desenhista curitibano Rogério Coelho faturou o 1º lugar na categoria ilustração para livro infantil ou juvenil no 58º Prêmio Jabuti por “O Barco dos Sonhos” (Positivo).

Este tem sido um ano e tanto para Coelho, que também ganhou o prêmio de ilustrador do ano no HQ Mix, o Oscar dos quadrinhos no Brasil. Nessa premiação, em setembro, foi contemplado pelo mesmo título que o consagrou no Jabuti e também por “Louco - Fuga” (Panini), parte do projeto Graphic MSP, na qual artistas brasileiros fazem releituras dos personagens de Mauricio de Sousa.

Para o artista, o reconhecimento por essas duas obras tem significado especial. “Foram dois trabalhos com os quais eu tive mais envolvimento. Foi mais do que só desenhar. Era ficar pensando o tempo todo nos livros”, conta. “Para ‘O Barco dos Sonhos’, foram sete anos de amadurecimento e um ano inteiro para terminar”, explica.

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Coelho também foi finalista nas categorias livro infantil, por “Barco” e ilustração, por “Louco” mas esta não foi a estreia do autor na premiação. Em 2012, ganhou como autor na categoria livro didático e paradidático.

Rogério Galindo e Caetano Galindo, colunistas da Gazeta do Povo, também foram finalistas na categoria tradução, por “Ossos de Eco” (Biblioteca Azul), obra de Samuel Beckett.

Outros vencedores

“A Resistência” (Companhia das Letras), do escritor paulistano Julián Fuks, saiu como vencedor na categoria romance. A obra faz um retorno à história da ditadura na Argentina dos anos 1970, narrada pelo filho caçula de um casal de psicanalistas que adotaram um menino quando moravam naquele país. “Bazar Paraná” (Benvirá), de Luis S. Krausz, e “Desesterro” (Record), de Sheyla Smanioto, ficaram com a segunda e a terceira posição, respectivamente.

“Agora Aqui Ninguém Precisa de Si” (Companhia das Letras), de Arnaldo Antunes, foi contemplado na categoria poesia, seguido de “Ópera de Nãos” (7Letras), de Salgado Maranhão; e “Da Lua Não Vejo a Minha Casa (selo Demônio Negro), de Leonardo Aldrovandi.

Em contos e crônicas, “Amora”, de Natalia Borges Polesso, foi o escolhido, com “As Mentiras que as Mulheres Contam” (Objetiva), de Luis Fernando Verissimo, e “Eles Não Moram Mais Aqui” (Patuá), de Ronaldo Cagiano, em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Entre as biografias, o vencedor foi “Mário de Andrade: Eu Sou Trezentos: Vida e Obra” (Edições de Janeiro), do carioca Eduardo Jardim, seguido por “Tancredo Neves: A Noite do Destino” (Civilização Brasileira), de José Augusto Ribeiro, e “D. Pedro: A História Não Contada” (Leya), de Paulo Rezzutti. Em reportagem e documentário, os vencedores foram “Cova 312” (Geração), de Daniela Arbex; “A Outra História da Lava-jato” (Geração), de Paulo Moreira Leite; e “A Noite do Meu Bem” (Companhia das Letras), de Ruy Castro.

A cerimônia de premiação acontecerá no próximo dia 24, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Os primeiros colocados receberão o troféu Jabuti e R$ 3,5 mil. Também serão revelados os vencedores do Livro do Ano (ficção e não ficção), definidos por votação por profissionais do mercado editorial e contemplados com o prêmio de R$ 35 mil.

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