O nome de Clarice Lispector (1920-1977) figura na lista dos 100 melhores livros do ano do jornal americano “The New York Times”.
Na forma de “The Complete Stories” (New Directions), a coletânea de contos da escritora ucraniana naturalizada brasileira está ao lado de nomes como Jonathan Franzen (“Purity”) e Michel Houellebecq (“Submission”).
Editada pelo biógrafo americano de Clarice, Benjamin Moser, “The Complete Stories” reuniu, pela primeira vez, todos os contos da autora. Resenhada por Terrence Rafferty, um dos editores do “NYT”, a obra foi classificada como “perigosa”.
“Há um sopro de loucura na ficção de Clarice Lispector. É um livro perigoso para ler rapidamente ou de forma casual, porque é consistentemente delirante”, escreveu.
“Frase por frase, página por página, Lispector é estimulante, mas suas percepções surgem tão rápido e variam tão selvagemente entre o mundano e o metafísico que, depois de um tempo, você não sabe onde está, se no livro ou no mundo.”
O crítico a define como uma das vozes originais da literatura latino-americana, ao lado de Jorge Luis Borges (1899-1986), Juan Rulfo (1917-1986) e Machado de Assis (1839-1908).
Dividida em dois segmentos, a lista do “New York Times” é fruto de uma votação entre os editores de seu suplemento literário. O livro de Clarice integra os títulos de ficção -a seleção do jornal ainda inclui obras não-ficcionais.
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