Clarice Lispector, que está em coletânea de contos lançada nos EUA| Foto: Wikimedia Commons/

O nome de Clarice Lispector (1920-1977) figura na lista dos 100 melhores livros do ano do jornal americano “The New York Times”.

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Na forma de “The Complete Stories” (New Directions), a coletânea de contos da escritora ucraniana naturalizada brasileira está ao lado de nomes como Jonathan Franzen (“Purity”) e Michel Houellebecq (“Submission”).

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Editada pelo biógrafo americano de Clarice, Benjamin Moser, “The Complete Stories” reuniu, pela primeira vez, todos os contos da autora. Resenhada por Terrence Rafferty, um dos editores do “NYT”, a obra foi classificada como “perigosa”.

“Há um sopro de loucura na ficção de Clarice Lispector. É um livro perigoso para ler rapidamente ou de forma casual, porque é consistentemente delirante”, escreveu.

“Frase por frase, página por página, Lispector é estimulante, mas suas percepções surgem tão rápido e variam tão selvagemente entre o mundano e o metafísico que, depois de um tempo, você não sabe onde está, se no livro ou no mundo.”

O crítico a define como uma das vozes originais da literatura latino-americana, ao lado de Jorge Luis Borges (1899-1986), Juan Rulfo (1917-1986) e Machado de Assis (1839-1908).

Dividida em dois segmentos, a lista do “New York Times” é fruto de uma votação entre os editores de seu suplemento literário. O livro de Clarice integra os títulos de ficção -a seleção do jornal ainda inclui obras não-ficcionais.

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