A morte da escritora Harper Lee foi anunciada nesta sexta-feira (19) pelo jornal The New York Times. Ela tinha 89 anos e vivia na pequena Monroeville, no Alabama (EUA) – a escrivã da cidade confirmou a morte, sem precisar quando ou onde se deu.
Sua morte ocorre pouco tempo depois de sua reaparição na mídia, com a publicação de ‘Vá, coloque um vigia’ (“Go Set a Watchman”). A obra é uma sequência do livro pelo qual Lee ficou famosa, “O sol é para todos” (“To Kill a Mockingbird”), de 1960.
“O mundo perdeu uma mente brilhante e uma grande escritora”, escreveu Spencer Madrie, dono de Ol’Curiosities and Book Shoppe, pequena livraria independente em Monroeville, depois de saber da morte de Harper Lee. “A partir de agora faltará um pedaço de Monroeville e no mundo pela ausência de Harper Lee”, acrescentou Madrie no site da livraria.
Lee nasceu em 28 de abril de 1926 em Monroeville, uma cidade que ela deixou em 1949 para ir para Nova York e conquistar uma carreira como escritora, o que aconteceu em em julho de 1960, quando seu romance “O Sol é para Todos” foi publicado e imediatamente se tornou um best-seller e sucesso de crítica. No ano seguinte, ganhou o Pulitzer.
A adaptação para o cinema do romance estreou nos cinemas em dezembro de 1962, e foi também um sucesso de público. Ela viveu entre Monroeville e Nova York, mas depois de sofrer problemas de saúde retornou à sua cidade natal.
O primeiro livro fala da injustiça racial no interior da América profunda, como é chamado o Sul dos EUA. Vendeu mais de 10 milhões de cópias da obra, que logo foi alçada à categoria de clássico e venceu o Prêmio Pulitzer.
A adaptação para o cinema saiu já em 1962, estrelando Gregory Peck como o advogado Atticus Finch, que decide defender um negro acusado injustamente de estupro.