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Campanha pelo voto direto foi idealizada em Curitiba e depois proposta para os partidos políticos. | Reprodução
Campanha pelo voto direto foi idealizada em Curitiba e depois proposta para os partidos políticos.| Foto: Reprodução

A publicidade é um daqueles campos em que o Brasil pode bater no peito e dizer que vai bem, obrigado. E o Paraná contribui para o acervo de boas sacadas de propaganda em um momento político emblemático: saiu daqui a proposta de campanha pelas Diretas Já que ficou conhecida como “Eu quero votar pra presidente”, em janeiro de 1984.

Esse e outros fatos estão sendo resgatados e transformados em livro e DVD na série Memória da Publicidade, da Universidade Positivo. Os dois livros já editados, Pioneiros e Os Publicitários das Diretas podem ser retirados gratuitamente no Núcleo de Pesquisa da universidade.

Curitiba vestiu o Brasil de amarelo

No dia 12 de janeiro de 1984, aconteceu em Curitiba o primeiro grande comício de rua na campanha pelas eleições diretas no Brasil, na Boca Maldita

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O projeto é realizado desde 2008, quando alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda iniciaram uma série de entrevistas com grandes nomes da nossa comunicação publicitária. O pontapé inicial foi dado pelos “dinossauros”, presentes no momento de aquecimento do mercado, nos anos 1980, e muitos são atuantes ainda hoje.

Evento na Praça da Sé em São Paulo se seguiu ao de Curitiba.Caruso/Solnik/Reprodução livro “Bar Brasil”

Pioneiros traz conversas bem-humoradas com gente como Elói Zanetti, responsável pelas campanhas “Bicho do Paraná” e “Gente que Faz” para o extinto Banco Bamerindus, nos anos 1980. Mais tarde, ele foi um ambientalista visionário ao criar o conceito da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

Outros entrevistados foram Ernani Buchmann (também ouvido sobre as campanhas pelas Diretas, conforme a matéria secundária); José Dionísio Rodrigues, de quem o livro publica um roteiro para comercial de televisão cujo cliente era a rede de lojas Malucelli; Paulo Vítola, Renato Mazânek e o artista visual Rettamozo – responsável pela criação da primeira marca do Positivo. É dele um dos ensinamentos mais simples e importantes do livro: “O chato do mundo moderno é que todo mundo faz tudo muito rápido, rápido, rápido, e acaba não fazendo nada”.

Memória da Publicidade

Pioneiros e Os Publicitários das Diretas. Escola de Comunicação e Negócios da Universidade Positivo. 2014. Distribuição gratuita. Informações: (41) 3317-3000.

O livro acabou sendo também uma homenagem aos já falecidos Ney Alves e Zeno Otto, no livro Pioneiros, e Sérgio Mercer, em Os Publicitários das Diretas.

O coordenador do projeto Memória da Publicidade, Hilton A. Marques Castelo, promete mais duas edições para o futuro. Uma delas, com donos das principais agências locais, produtoras e clientes; a outra, ouvindo os criativos sobre suas grandes campanhas e trazendo essa experiência para o contexto acadêmico. O projeto tem apoio da Gazeta do Povo.

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