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Se os leitores é que vão ganhar com a nova ofensiva da Amazon no Brasil, alguém terá de pagar por isso. Assim prevê a lógica do mercado.

Juntando as pontas, não é difícil supor que o lado doloroso da operação deverá ser sentido pelas livrarias brasileiras.

Embora não seja o ponto forte destas lojas, pelo menos no Brasil, o comércio de livros importados tem agora um grande concorrente e, por isso, terá de adequar suas estratégias.

Pelo menos se achar indispensável travar a concorrência com produtos tão específicos.

Segundo o editor e consultor de políticas públicas para o livro e leitura Felipe Lindoso, o próprio arranjo da oferta é hoje um dos pontos mais sensíveis do comércio de livros no país.

Muitas vezes, o que tem é insuficiente para atender à demanda de seus compradores, que pouco tem a fazer se não recorrer à loja (ou site) seguinte.

Problema do qual a Amazon não sofre. Isso porque, segundo Lindoso, a empresa já deve ter intimidade com o sistema Printing on Demand (POD, que, em tradução, significa Impressão Sob Demanda), método que trabalha com a impressão de livros no momento da solicitação.

“Os editores brasileiros ainda estão no jardim da infância do POD. Agora é que se convenceram que podem manter no catálogo os livros, imprimindo-os quando necessário. Mas continuam mandando frotas de caminhões para todo o país, usando frete aéreo. Se minha suposição for verdadeira, a Amazon vai forçar os editores a prestar mais atenção para esse tipo de solução”, diz.

De acordo com Daniel Mazini, líder da área de livros impressos da Amazon.com.br, todos os livros que o site disponibiliza são “compráveis”, o que não significa, necessariamente, que eles estão disponíveis no estoque.

“Quando eu falo disponível no site da compra, digo que é possível comprá-los no site. Boa parte não tem no estoque na hora, mas recorremos a distribuidoras e outras novas encomendas”, explica.

Na outra ponta da corda, a Associação Nacional de Livrarias (ANL) preferiu não comentar nada a respeito.

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