![Raduan Nassar vence o prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa Raduan Nassar é o 11º brasileiro a receber o prêmio | Paulo Pinto/Fotos Publicas](https://media.gazetadopovo.com.br/2016/05/58386df093ad5c6d08f6fc0f7cdb1b3c-gpLarge.jpg)
O escritor brasileiro Raduan Nassar, de 80 anos, recebeu nesta segunda-feira (30) o Premio Camões 2016, considerado o mais importante prêmio literário para autores de língua portuguesa.
Autor de romances como “Lavoura Arcaica” (1975) e “Um Copo de Cólera” (1978), o autor paulista vai receber um prêmio de 100 mil euros. E passa a integrar, ao lado do paranaense Dalton Trevisan e outros dez autores, a lista de escritores brasileiros que já receberam o laurel. Em março, Nassar tinha sido indicado para o prêmio Man Booker International 2016.
O júri do Prêmio Camões contou com intelectuais lusófonos como o secretário de Cultura de Portugal, Miguel Honrado, a ensaísta Paula Mourão e a crítica brasileira Flora Süsssekind, entre outros.
Criado em 1988 pelos governos de Portugal e do Brasil, o premio Camões é atribuído a “um autor de língua portuguesa que tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua comum”. Um acordo entre os dois países obriga que o prêmio seja entregue, alternadamente, em território português e brasileiro.
Antes da escolha de Nassar, Portugal e Brasil estavam empatados com 11 autores de cada país. A lista de premiados brasileiros começa com João Cabral de Melo Neto, em 1990, e inclui Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antônio Cândido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012) e Alberto da Costa e Silva (2014).
Recluso
Há anos recluso, Raduan Nassar reapareceu em público em março deste ano para defender a legalidade do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) durante um encontro de artistas e intelectuais em Brasília.
No evento, Nassar afirmou que a presidente petista não cometeu crime de responsabilidade e, por isso, disse que não haveria motivos para o processo de impeachment que tramitava contra ela no Congresso Nacional.
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