Caetano W. Galindo, tradutor e professor universitário.
Como foi traduzir 310 letras de Lou Reed em parceria?
A gente dividiu na cordialidade. Foi, diga-se de passagem, uma maravilha trabalhar com o Christian.
Do que o Lou Reed fala?
Eu traduzi as letras mais recentes, e encontrei umas coisas mais diferentes. Um disco (Songs for Drella) todo feito com o John Cale, em tributo a Andy Warhol, em que eles reveem a biografia e o convívio com a figura. Outro disco (Magic and Loss) unificado pelo tema da meditação sobre a morte. E, claro, a reelaboração do poema "O Corvo" de Poe, em clima de ópera-rock.
Quem influenciou Lou Reed?
Os beats, Poe, os "marginais" em geral, eu diria.
Ler as letras de Lou Reed é ver o quê?
É um belo retrato daquele momento de Nova York alucinada e de como aquela geração foi se havendo com o passar do tempo.
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