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A Relespública e a gravadora local Villa Biguá estão vivendo uma lua-de-mel. A banda, que teve algumas experiências negativas quando integrava o elenco da multinacional Universal Music (a maior companhia discográfica do país), agora se sente à vontade e "com a estrutura necessária para mostrar o som", como diz o guitarrista e vocalista Fábio Elias. "Essa iniciativa é importante, porque vai acabar com aquela história de que banda curitibana não faz nada", acrescenta o músico.

A relação do grupo com a Universal não foi das melhores. "Se você for pequeno em uma grande gravadora, está perdido. Só vê o diretor artístico uma vez na vida", comenta o baixista Ricardo Bastos. Enquanto a Reles esteve na companhia, a banda não foi um sucesso comercial, e muito menos enquadrava-se como artista independente, o que dificultava o acesso ao seu público-alvo. "Não estávamos tão bem e com tantas condições de trabalho como temos agora com a Villa Biguá" completa o baterista Emanuel Moon.

De fato, a gravadora curitibana está entre as pioneiras em acreditar e investir na produção cultural local. A parceria com a Reles começou a partir do lançamento do disco Todas as Histórias São Iguais, há dois anos. A Villa Biguá trabalhou na distribuição do álbum e, por manter uma boa relação com o trio, assinou um contrato de trabalho. Logo em seguida, surgiu a oportunidade de participar do MTV Apresenta.

Apesar dos percalços, a Relespúplica, que já chegou aos 16 anos de carreira, continua entre os grandes nomes do cenário independente nacional. "O lance é você ser independente. Estando em gravadora ou não, é melhor assim. Gravadora, MTV e internet são coisas que somam ao nosso objetivo, que é chegar ao público", finaliza Moon.

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