Repertório
Confira as músicas que Madonna apresentou no show no Rio de Janeiro no último domingo:
"Girl Gone Wild"
"Revolver"
"Gang Bang"
"Papa Dont Preach"
"Hung Up"
"I Dont Give A"
"Best Friend"
"Express Yourself"
"Give Me All Your Luvin"
"Turn Up the Radio"
"Open Your Heart"
"Masterpiece"
"Justify My Love (Remix)"
"Vogue"
"Candy Shop"
"Human Nature"
"Like a Virgin"
"Nobody Knows Me"
"Im Addicted"
"Im a Sinner"
"Celebration"
Show
MDNA Tour
Estádio do Morumbi São Paulo (Pça. Roberto Gomes Pedrosa, 1), (11) 4003-5588. Hoje e amanhã, às 20 horas (abertura dos portões, às 16 horas). Ingressos de R$ 150 e R$ 850, à venda no site premier.ticketsforfun.com.br.
Ali, entre explosões em HD, jorros de sangue e uma igreja indo pelos ares no telão gigantesco. Ali, entre 20 e tantos dançarinos, uma mudança constante de cenário e umas seis trocas de roupas. Ali, no meio daquilo tudo, tinha a Madonna.
A performer americana, cantora e "periguete" mais famosa da história da música pop, abriu no Rio de Janeiro, na noite do último domingo, sua MDNA Tour. A turnê faz paradas em São Paulo, no Morumbi, hoje e amanhã. Ainda há ingressos à venda, principalmente para quarta-feira.
O giro brasileiro, que atraiu 67 mil pessoas, segundo a organização, ao Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro, anteontem, termina em Porto Alegre, no próximo domingo. É a terceira vez de Madonna no país, após passagens em 1993 e 2008.
O "periguete" da descrição da cantora é palavra dela mesma, que estampou o termo em tatuagem nas costas, a certa altura do show, para perguntar ao público: "Vocês me acham gostosa?" A pergunta era óbvia. Não tinha como não achar aquela senhora de 54 anos gostosa. Ou "ainda" gostosa.
Em seu show "musicalda-Broadway", mesmo com toda aquela parafernália visual para atrair atenções, Madonna mostrou sua famosa luz própria e atraiu os olhares o tempo todo.
Ela comanda um espetáculo em que encarna todas as suas fases musicais, da santa à pecadora, revisitando seus 30 anos de reinado pop, um osso que ela insiste em não largar (Viu, Lady Gaga? Desistiu, Britney Spears?).
Santa, pecadora e preocupada em resolver os problemas das guerras no mundo. "Você estão vendo o que está acontecendo na Palestina, em Israel, no Irã? A gente precisa mudar isso. Mostrar dignidade, amor e respeito pelo próximo é um modo de começar uma revolução."
Entre mensagens, engajamentos, danças e poucas roupas, o show é irregular, tem altos e baixos, mas é bom quase o tempo todo.
Vários tons de bom. Releituras de grandes e milionários sucessos se misturam a algumas canções fracas de seu último álbum, MDNA.
Mas, se seu talento em compor gemas pop está indo em direção ao ocaso, fisicamente Madonna se mostrou super em forma. A apresentação é boa por isso e porque a performer, claro, tem muita história para contar.
O começo do show tem um pique de início de filme do 007 com ela de roupa de couro preto mais parecendo uma Mulher-Gato do que Bond Girl. Tiros e lutas coreografadas são embalados pelas músicas "Revolver" e "Gang Bang", essa última a melhor de seu mais recente álbum.
Madonna faz tudo isso, incluindo subir pela parede, cantando. Em que pese ter algum reforço vocal para ajudá-la enquanto corre, salta, briga, dança e canta, a artista pop segura a onda quase todo o tempo também no gogó.
De resto, teve... tudo. A fanfarra suspensa em "Gimme All Your Luvin", a reformada moderna do hit sexy "Justify My Love", a fase "puta velha" com striptease, o filho Rocco dançando break em "Open Your Heart", o momento glamour com "Vogue".
Não tem muito erro. Quem vai ver Madonna vê Madonna, com tudo o que a cerca incluído no pacote.