Mãos
Rachmaninov tinha uma característica especial que contribuía para sua capacidade técnica: mãos de tamanho e flexibilidade extraordinárias, possivelmente devido a uma desordem genética chamada Síndrome de Marfan.
Programe-se
OSP
Guairão (R. Conselheiro Laurindo, s/nº Centro), (41) 3304-7982. Amanhã, às 10h30. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).
Depois de seis anos, o renomado maestro paulista Roberto Tibiriçá volta a reger a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) amanhã, no Guairão, em um programa que reúne duas obras românticas o Concerto para Piano de Robert Schumann (1810-1856) e a Sinfonia Nº 2, de Sergei Rachmaninov (1873-1943).
O solista da peça de Schumann será o pianista paulistano Cristian Budu, que em 2013 foi o primeiro brasileiro a vencer o difícil concurso Clara Haskil, na Suíça. O músico foi convidado após a desistência de Nelson Freire, que se apresentaria também na última quinta-feira, de acordo com a programação anteriormente divulgada pela orquestra.
A escolha do Concerto para Piano do compositor alemão da era romântica foi uma sugestão do próprio Budu, atendendo ao pedido de Tibiriçá por uma obra que utilizasse toda a formação da OSP empregada na sinfonia de Rachmaninov. "Acabou ficando um concerto extremamente romântico", diz o maestro. "O concerto de Schumann é muito querido pelos pianistas, assim como os concertos de Chopin. É uma peça jovial, singela, carinhosa", descreve.
"Tirando o couro"
Já a Sinfonia Nº 2, desafiadora obra de estilo romântico tardio do compositor russo, é mais cara a Tibiriçá. O maestro fez a primeira audição da peça no Brasil em 1986, com a Osesp.
Além da dificuldade técnica da obra, o maestro destaca o solo de clarinete em seu terceiro movimento, o clímax da sinfonia. "É um dos solos mais emocionantes que existem, algo para se ouvir de olhos fechados", descreve.
"É um momento que ficou famoso e todo clarinetista sonha em tocar essa sinfonia por causa desse solo", conta. A linha será tocada por André Ehrlich, clarinetista principal da OSP.
Tibiriçá conta que a OSP já havia apresentado a Sinfonia Nº 2, mas há bastante tempo. "Ficaram por cerca de 20 anos sem tocá-la, porque há muitos maestros que não têm paciência para a obra, que é muito difícil", especula Tibiriçá. "E precisa ser um grupo bom para executá-la. Estou tirando o couro da orquestra, e eles estão fazendo um trabalho incrível", elogia.
De acordo com Tibiriçá, o êxito que a orquestra paranaense vem tendo nos ensaios ao longo da última semana se deve à sua homogeneidade. "É uma orquestra que toca junta. Os músicos têm uma noção legal de conjunto ", diz. "No terceiro dia de ensaio a obra já estava praticamente de pé. É uma orquestra que responde rápido."
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