Com mais de dois mil quilômetros de chão separando suas origens, as bandas Maglore e Dingo Bells aproveitam suas aproximações estéticas para unir forças em uma turnê. Os dois trios tocam nesta sexta-feira (21) à noite no Jokers, a partir das 22h.
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Os baianos do Maglore apresentam o terceiro álbum da banda, “III”, lançado este ano pela Deck e produzido por Rafael Ramos – produtor que assina trabalhos com João Donato, Pitty e Titãs. Composto por 11 canções bem resolvidas, o novo disco mostra que a mudança da banda para São Paulo repercutiu na sonoridade do grupo, que agora dá as caras com a baianidade mais tímida e as temáticas urbanas mais concentradas.
Depois do bem recebido “Vamos Pra Rua” (2013), a Maglore subtraiu o antigo quinteto até se resolver em um trio, composto por Teago Oliveira (vocalista e guitarrista), Rodrigo Damati (baixo e voz) e Felipe Dieder (bateria). A atual formação apresenta em “III” um trabalho de autoria bastante diluída, em que todos os três aparecem assinando as faixas.
O novo álbum passeia por diferentes cenários, mas mantém um clima pop estável, próprio da identidade do grupo. Na faixa que abre o disco, as linhas psicodélicas da guitarra dizem junto às vozes que o “O Sol Chegou”, a aproximação com a sigla MPB fica clara em “Se Você Fosse Minha” e o single “Dança Diferente” trata de escolhas com assobios alegres. “Mantra” é grandiosa, a fita do Bonfim e os problemas da vida estão ali, mas a melodia quase triste diz que “tudo passará”. O fim se dá numa frase linda de baixo.
Mais ao sul do equador, os gaúchos da Dingo Bells apresentam o álbum de estreia da banda, lançado por meio de financiamento coletivo. “Maravilhas da Vida Moderna” conta com participações especiais de nomes como Felipe Zancanaro, do Apanhador Só, e Ricardo Fischmann, da banda italiana Selton.
Formada por Rodrigo Fischmann (voz e bateria), Felipe Kautz (voz e baixo) e Diogo Brochmann (voz e guitarra), a banda chega com um disco pop, às vezes dançante e fincado na realidade. A primeira faixa “Eu Vim Passear” lembra que “tanta gente buzinando se esqueceu de andar” e “Mistério dos 30” grita que apesar das “prestações” o importante é “viver à vista”.
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