O violeiro Renato Andrade, de 73 anos, será enterrado na noite desta sexta-feira, em Abaeté, região central de Minas. Ele morreu nesta manhã, vítima de câncer de pulmão. Renato descobriu a doença em agosto deste ano. Ele deixou mulher, três filhos e vários netos.
Renato começou tocando violino, mas depois passou a se dedicar totalmente à viola caipira, instrumento em que desenvolveu uma técnica apurada. Tocava obras de compositores eruditos e ficou conhecido como o instrumentista que levou a viola para a sala de concertos. Ele se apresentou interpretando concertos de Edino Krieger, Guerra-Peixe e Francisco Mignone.
Renato gravou apenas sete discos, por ter começado a carreira aos 36 anos, já no final dos anos 70. Além de músico era conhecido como contador de causos. Em um deles, ele garantia ter cruzado com o diabo em suas andanças Brasil afora. Renato ia fazer uma turnê por 10 capitais, acompanhado de Serra Grande e João José, os dois violonistas com os quais excursiona.
Ele dizia que tinha obrigação de tocar a viola, diariamente, para desenvolver a técnica invejada até pelo demo. Renato Andrade está sendo velado na câmara municipal de Abaeté. O prefeito Cláudio de Sousa Valadares, decretou luto oficial de três dias na cidade.
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