O Festival de Teatro de Curitiba deste ano trouxe novidades para cima dos palcos e sob os pés dos atores. Dois novos espaços cênicos foram inaugurados durante a mostra: o Barracão EnCena e o Teatro Uninter.
Após um tempo "namorando" um terreno na Rua Treze de Maio, próximo ao Teatro Guaíra, para abrigar as peças da Companhia Curitibana de Comédia, da qual faz parte, o ator e diretor Juscelino Zílio resolveu arriscar. Apossou-se do lugar e, em 40 dias, construiu um teatro com capacidade para 178 lugares. Bem a tempo para abrigar algumas montagens do Festival de Teatro.
Mas, quem foi assisti-las não encontrou nada feito às pressas no interior do auditório, embora alguns detalhes externos ainda estejam sendo finalizados. Zílio planejou dois camarins, uma sala de ensaios, salas para cursos livres, jardim, área para exposições e até mesmo um café, que será instalado em um sobrado à frente do Barracão, com previsão de abertura para daqui a dois meses.
"Sentíamos necessidade de ter um espaço para mostrar nosso trabalho, pois é difícil conseguir pautas nos teatros da cidade", justifica. Com residência fixa, após cinco ano de nomadismo, a Companhia Curitibana de Comédia já abriu temporada, com a comédia romântica A Química do Amor, e abriu inscrições para cursos de teatro adulto e infantil (ler quadro). Mas, Zílio frisa que espaço também vai abrigar espetáculos de outras companhias da cidade.
O antigo salão nobre do Colégio da Divina Providência, construído no século 19 pelas irmãs desta congregação, já abrigou eventos escolares e até uma capela. Em 2000, o Grupo Educacional Uninter ocupou o imóvel, localizado na Rua do Rosário, para instalar um de seus campi.
No ano passado, o auditório foi completamente restaurado, desde as luminárias até os afrescos das paredes, que retomaram suas cores originais, para receber nova função. O batismo do Teatro Uninter teve inúmeros padrinhos os integrantes das cinco peças do Fringe, mostra paralela do Festival de Teatro, que se apresentaram sob o palco. Uma delas, Oração, foi produzida pela Companhia Nossa Senhora do Teatro Contemporâneo, que é parceira da instituição.
O espaço, com capacidade para 180 lugares, tem recebido atividades realizadas pelo Uninter, como peças produzidas pelo grupo de Teatro da instituição, em fase de captação de alunos, professores e colaboradores.
Resgate
O velho conhecido Teatro Novelas Curitibanas reabriu suas portas em setembro do ano passado, após uma reforma que representou um investimento de R$ 520 mil do Programa de Recuperação de Espaços Culturais, do Fundo Municipal de Cultura.
Este ano, pretende se consolidar como centro de excelência das artes cênicas na cidade, com a exibição de quatro peças aprovadas por edital público a primeira delas, Sob Tempos Fechados, de Marcos Damaceno, já está em cartaz.
"Setembro será o mês da dramaturgia no Novelas", diz Beto Lanza, diretor de Ação Cultura da Fundação Cultural de Curitiba. Ele conta que o Edital de Fomento à Literatura Dramática Oraci Gembra, que será divulgado nos próximos dias, vai oferecer bolsas a dramaturgos para produção de textos inéditos. O resultado será revelado em leituras dramáticas e, em uma segunda etapa, transformado em espetáculos produzidos por companhias da cidade.
No dia 9 de agosto, a Cia. Senhas reabre o Teatro Cleon Jacques, totalmente reformado, com o espetáculo Bicho Corre Hoje, a primeira de uma trio de montagens apresentada em seqüência. As próximas serão Colônia Penal, de Emerson Rechemberg, no dia 23 de agosto, e Parasitas, da Companhia Silenciosa, no dia 6 de setembro. O espaço recebeu novas instalações como banheiros para o público, camarins, poltronas e equipamente de iluminação.
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