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O pessoal da companhia Teatro Estúdio está se sentindo um tanto solitário nesta edição do Festival de Teatro de Curitiba. O espetáculo "Mamãe foi pro Alaska – True West", que será apresentado nesta terça (27) e quarta-feira (28) no Sesc da Esquina pela Mostra Oficial, é a única peça de um grupo gaúcho este ano em toda a programação do festival. "Não sei porque ninguém veio. Este ano houve tantos espetáculos bons no Sul", comenta o diretor da montagem Ramiro Silveira.

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No entanto, isso não impedirá a apresentação. Aliás, é representado o estado do Rio Grande do Sul que eles aportam em Curitiba. A montagem é feita sobre o texto True West (Oeste Verdadeiro), de Sam Shepard, ator e roteirista hollywoodiano pouco conhecido por aqui. Ele concorreu ao Oscar de Mellhor Ator Coadjuvante por "Os Eleitos" e também foi indicado ao BAFTA de Melhor Roteiro Adaptado, por "Paris, Texas".

A montagem conta a história de uma mãe que deixa seu filho Austin tomando conta da casa e de suas plantas para poder viajar para o Alaska. Ele é um roteirista metódico e organizado, que aproveita a tranqüilidade da casa vazia para escrever. Até que chega seu irmão, Lee, um homem desajustado, que após cinco anos vagando pelo deserto vem buscar refúgio na casa da família e planejar novos golpes. A convivência entre os dois provoca conflitos sérios, que são agravados pelo aparecimento de Saul, um produtor de Hollywood, e da inesperada volta da mãe dos dois irmãos.

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Segundo Silveira, o nome da peça foi adaptado porque o novo reflete melhor as intenções do grupo com a montagem. Primeiro que, "tudo acontece em função da mãe, que foi para o Alaska", afirma. Depois que a peça carrega um estilo da companhia, que procura usar textos realistas em montagens surreais. "A busca é por uma linguagem onde o texto realista é montado de uma forma não realista. Mostramos também o que acontece na cabeça do personagem e do autor", explica.

Essa concepção traz maior liberdade de encenação, mas também exige mais. "Nossa peça tem uma forte ligação com as artes plásticas. A cenografia foi feita pela Zoé Degani, que é artista plástica", afirma o diretor. As músicas, criadas para o espetáculo com base no blues e no contry de raiz, alternam entre a execução em palco e as gravações. Além disso também serão usadas projeções de imagens e outras surpresas para levantar a montagem, promete Silveira.

Confira a programação no Guias e Roteiros

Serviço: Mamãe foi pro Alaska. Terça (27) e quarta-feira (28) às 20h30. Sesc da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, n.º 696. Centro) Tel.: 3304-2222. Ingressos R$ 26,00 e R$ 13,00 (meia).

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