Serviço
Blaze Bayley Songs of my Life
Dia 29 às 22 horas. Vanilla Music Hall (R. Mateus Leme, 3.690, São Lourenço), (41) 3503-7775. Ingressos a partir de R$ 76.
A fumaça nervosa de potentes motocicletas, pilotadas por caras de jaqueta de couro com caveiras (e outros monstros) costuradas, agitou a fria manhã de ontem em Curitiba.
VÍDEO: Veja como foi a divertida caravana de Blaze Bayley com os motociclista
Com o heavy metal como trilha sonora, também mudou a rotina nas duas esferas do poder executivo, vizinhas no Centro Cívico.
Para celebrar o dia do motociclista, comemorado no último domingo, 27, e também para divulgar o show de Blaze Bayley, vocalista do Iron Maiden entre 1994 e 1999, que toca hoje a partir das 22 horas no Vanilla Music Hall, um grupo de motociclistas armou uma recepção inusitada ao cantor.
Perto das dez horas da manhã, quase uma centena de motos esperava o músico inglês em um estacionamento perto do trevo do Atuba, na BR-116.
Bayley, que também é motociclista, não gosta de viajar de avião. E veio com um pequeno ônibus após um show no interior de São Paulo.
O comitê de recepção contava com representantes de vários motoclubes de Curitiba e partiu em uma inusitada caravana. No caminho, foram escoltados por cerca de 40 batedores da Policia Militar e da Guarda Municipal num trajeto que passou pelos bairros do Bacacheri, Jardim Social, Hugo Lange e Juvevê. Bayley circulava à vontade, em uma motocicleta emprestada.
No Centro Cívico, os membros da comitiva "motor-metal" foram recebidos pelo governador Beto Richa (PSDB) e depois pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT), ambos muito bem humorados (leia mais abaixo).
No pátio do Palácio Iguaçu, o motociclista e promotor do show Édson de Oliveira, explicava a intenção do evento. "Bayley é um embaixador da motocicleta e um músico de grande talento que a nossa cidade respeita muito. A ideia do encontro é valorizar essas duas culturas. Mesmo porque rock e moto tem tudo a ver", disse.
Enquanto isso, Bayley papeava. O britânico se encantou especialmente com o triciclo de Amadeu Correia, "o dragão da estrada". "Minha filha de três anos iria adorar isso", disse Bayley, apontando para um dragão de metal, na carenagem da moto, que solta fumaça pelas ventas.
E tirava fotos. Algumas com funcionários do governo que pareciam não saber de quem se tratava. Muitas com agentes da Polícia Militar que conheciam o artista escoltado. "No Cope [Cento de Operações Especiais] não tem muito pagodeiro, não. A maioria curte um som pesado", disse um dos policiais.
Canja
O Paraná é um dos estados com o maior número de motoclubes no país (cerca de 200). Há cerca de cem mil motociclistas catalogados no Detran-PR. O diretor geral da autarquia, Marcos Traad, disse que tem feito atividades de educação em parceria com os motoclubes, especialmente na "questão do consumo de álcool e excesso de velocidade".
Traad tem uma banda de rock e foi convidado por Bayley para dar uma canja hoje à noite. "Ele me convidou e eu vou lá. Adoro rock'n'roll, disse.
Entrevista
"Decidi que quero viajar por todo este país incrível"
Blaze Bayley, músico
Você imaginava este tipo de recepção por aqui?
Foi um sonho, totalmente inacreditável. É melhor do que um bom concerto.
O que o público pode esperar para o concerto desta noite?
Estou muito animado. Nosso último show em Curitiba estava lotado e foi ótimo. Hoje [ontem] é minha única noite livre da turnê, então quero dormir cedo e tomar muita água para cantar o melhor possível para meu fãs loucos e leais.
Você está lançando um novo álbum?
Sim. Se chama Songs of My Life, e tem todas as minhas canções favoritas para cantar ao vivo.
Você tem uma relação muito próxima com o Brasil. Na sua opinião, porque nosso país gosta tanto de metal?
Não sei explicar. Acho que as pessoas gostam mesmo é de boa música. Estive em Rio Branco (AC) e decidi que quero viajar por todo este país incrível. No ano que vem quero voltar ao Brasil e tentar tocar em todos os cantos. Meu plano é tocar em mais cidades e lugares diferentes do que qualquer outro artista internacional jamais fez.
O que você lembra do concerto que fez com o Iron Maiden em Curitiba em 1996?
Lembro que foi muito bom. Tocamos com o Motörhead em um grande estádio cheio [no Couto Pereira]. Me lembro de uma ótima vibe.
Você ainda fala com os caras do Iron Maiden?
Sim. Ainda estamos em contato. Para o meu último álbum, Steve Harris me emprestou o estúdio da banda para terminar de mixar o disco. Nossa relação é muito boa.
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