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Ligadíssimo – e em 220 Volts. Essa é a impressão de quem vê Manu Chao no palco. O francês, surgido no cenário musical europeu na década de 90, com a seminal banda Mano Negra, parece ter molas nos pés e muita energia para queimar: no show em Curitiba, sábado passado (19), ele não ficou parado um segundo sequer das duas horas de apresentação.

Muito disso se deve à alta rotação do set list. Manu Chao é especialista em criar versões de suas próprias músicas, que ao vivo ganham muito em animação com a presença da banda que o acompanha, a Radio Bemba Sound System. Para deleite da audiência, as canções quase "minimalistas" de seus álbuns – gravadas normalmente à base de um violão e um teclado com efeitos vagabundos – se transformam em reggaes poderosos com pitadas de ska e rock. Sem, é claro, deixar de fora a mistura com ritmos latinos que o consagrou.

O show deve ter feito felizes fãs de primeira e última hora. Com os hits mundiais do CD Clandestino e as canções mais intimistas de Última Estación Esperanza, Manu Chao transformou o Curitiba Master Hall em um grande salão de baile.

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