Cena do filme "Lula, o Filho do Brasil"| Foto: Divulgação

GUIA GAZETA DO POVO

Assista ao trailer e veja as fotos do filme Lula, o Filho do Brasil

CARREGANDO :)
Cena do filme
CARREGANDO :)

Prestigiado por ministros do governo e parlamentares, o lançamento do filme de Fábio Barreto Lula, o Filho do Brasil (assista ao trailer e veja as fotos) emocionou a primeira-dama, Marisa Letícia, que acompanhou a exibição do começo ao fim. Dona Marisa chegou pela garagem interna do Teatro Nacional, em Brasília, onde o filme foi apresentado, e saiu cercada por seguranças.

Publicidade

Perguntada pelo G1 se havia gostado do filme, ela respondeu que se emocionou. "Gostei, adorei! Achei maravilhoso", afirmou a primeira-dama. Logo antes de entrar no carro, dona Marisa comentou com uma acompanhante: "emocionante, não é?".

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confessou ter chorado em alguns momentos do filme, especialmente nos trechos que retratam Lula à frente do movimento sindical.

"Acho que [o filme] vai apaixonar a população. Ele conta a história do povo brasileiro. Chorei muito quando vi pela primeira vez e chorei muito também na segunda", confessou Padilha, que contou já ter assistido uma versão do filme quando ainda estava em fase de pós-produção.

Eleições

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comentou declarações de que o filme seria eleitoreiro. "A oposição não precisa ficar brava. Pode fazer um filme. De repente fazem um sobre o César Maia (ex-prefeito do Rio de Janeiro pelo DEM) e Rodrigo Maia (Líder do DEM). Podia se chamar ‘Os Maias’", brincou o ministro, fazendo referência a uma obra literária do escritor português Eça de Queiroz.

Publicidade

Paulo Bernardo disse ainda que o filme pode ter algum efeito sobre a popularidade do presidente Lula, mas que não afetaria as eleições presidenciais de 2010. "De repente Lula ganha uns 10% de popularidade", especulou.

Segundo ele, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não vai se beneficiar diretamente pelo apelo emocional proporcionado pelo filme. "Dilma vai ganhar é por causa do governo. Pessoas vão se perguntar se querem mudar ou continuar. Vão querer continuar", afirmou.

Nem todos os presentes, contudo, mostraram entusiasmo pelo filme, O presidente do PT, Ricardo Berzoini, disse não ter se encantado. "Emociona, mas não chega a tocar mesmo. Achei a narrativa linear". Ele disse que se emocionou por conhecer Lula de perto e ter a relação que ele tinha com a mãe, que é retratada com ênfase no filme. "Dá emoção porque vivi com o Lula e o PT na CUT e no governo, e também conheci a relação dele com a mãe".

O ministro da Educação, Fernando Haddad, se limitou a dizer que achou "bom" e apenas sorriu quando questionado se teria se emocionado.

Já o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) defendeu que o final do filme, que não chega a falar da trajetória política de Lula nem da criação do Partido dos Trabalhadores (PT), afasta "qualquer conotação eleitoreira". Ele admitiu ter chorado "um pouquinho" no filme, especialmente na cena em que Lula aparece com a família no nordeste.

Publicidade

Tumulto

O início da exibição foi marcado por tumulto e reclamações, que deixaram o diretor do filme, Fábio Barreto, irritado. Por falta de espaço, os convidados do evento se aglomeravam nas escadas e portas do teatro. Ele subiu ao palco para cobrar cadeiras para os atores, que estavam presente à cerimônia. "O elenco está de pé, a Glória Pires não tem onde sentar", reclamou.

Ele ainda pediu que abrissem um espaço para os atores, solicitação que teve uma vaia do público como resposta. Pouco depois, no entanto, a produção do evento arrumou espaço na platéia para elenco.

O diretor, no entanto, ainda teve outros aborrecimentos e saiu em disparada com seguranças atrás de um cinegrafista que estava com a luz acesa para gravar enquanto o filme era exibido. Antes disso chamou a atenção do pai, Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema, quando o celular dele tocou durante a exibição. "Desliga!", pediu Fábio, dando um tapa nas costas do pai.