O posicionamento de produtores e personalidades do meio cultural em relação à nomeação do novo secretário nacional da Cultura, Marcelo Calero, está dividido. Muitos ainda contestam a legitimidade da pasta.Veja algumas opiniões:
Paula Lavigne, produtora:
“Não reconheço a nomeação. Não por causa de Marcelo, pessoalmente, mas porque não reconhecemos a Secretaria Nacional de Cultura. Queremos a volta do MinC”.
Eduardo Barata, diretor da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro:
“Marcelo demonstrou ser um cara do diálogo, sensível à produção cultural do Rio de Janeiro. Descentralizou as políticas que estavam na Zona Sul. Não o considero um golpista, um autoritário, mas os movimentos vão continuar. A boa receptividade que ele tem no nosso setor não desmobiliza o movimento contra a volta do MinC. Vamos pressionar o Estado pela preservação das políticas culturais”.
Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural:
“O melhor cenário seria a permanência do MinC. Mas, neste cenário, eu espero que o Marcelo trabalhe com autonomia. Esse deve ser o mote: trabalhar com autonomia para poder respeitar a diversidade das produções culturais no país. Marcelo terá um papel importante para restabelecer um diálogo com todos da cultura, e o diálogo é uma característica dele. A compreensão da complexidade da diversidade cultural brasileira e a necessidade de trazer todos para dialogar com ele devem ser a filosofia dele”.
Aniela Jordan, Fernando Campos e Luiz Calainho, sócios da Aventura Entretenimento, uma das maiores produtoras do país:
“Marcelo Calero é um homem da cultura e certamente terá a competência necessária para conduzi-la”.
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