Há pilhas de manuscritos sobre a secretária e outras pilhas esperando nas prateleiras, e Maria do Rosário Pedreira parece ainda mais pequena e franzina no seu gabinete enfrentando a tarefa de descobrir a literatura do futuro. É ela a editora de João Tordo, foi a primeira a editar os romances do poeta valter hugo mãe, foi quem lançou José Luís Peixoto, vencedor fulgurante do Prêmio José Saramago com a primeira obra Nenhum Olhar, e recentemente foi contratada pelo grupo Leya para continuar o seu trabalho de editar novos autores de língua portuguesa.
Quando chega ao escritório, senta-se com um lápis na mão e lê, lê, lê, lê, até que encontre um texto especial, que se encontrará como uma agulha num palheiro.
Pode ser um em cada cem, mas Maria do Rosário acredita nesta geração de escritores que chama de geração pós-25 de Abril. "A literatura anterior era mais virada para dentro, era uma literatura de luta contra", explica. Esta é uma "geração mais aberta e mais preocupada com a literatura em si".
São autores que têm pouco em comum uns com os outros, tanto nas temáticas como nos estilos, mas talvez seja isso que precisamente os caracteriza. "São todos muito diferentes" e porque "leram em liberdade" têm um leque de influências muito maior e mais cosmopolita. Para Maria do Rosário Pedreira, Portugal tem hoje uma espécie de melting pot literário.
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