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Jodie Foster é uma radialista em novo filme | Reprodução
Jodie Foster é uma radialista em novo filme| Foto: Reprodução

A cantora Maria Rita lança seu terceiro disco, "Samba meu", apontando em nova direção. Aos 30 anos recém completados, a nova moradora do Rio de Janeiro, recém portadora de uma carteira de motorista, intensificou seu envolvimento com o samba há três anos até que acabou decidindo-se por um disco dedicado ao gênero, incentivada pelos amigos Leandro Sapucahy (produtor do disco) e Diogo Nogueira. Para não chocar muito o seu público, gravou com a base instrumental dos discos anteriores com acréscimo de de cavaquinho, bandolim, violão de 7 cordas e mais ritmistas.

Arlindo Cruz é o autor de seis das 14 faixas, incluindo o primeiro single, "Tá perdoado", mas tem ainda o choro "Novo amor", de Edu Krieger, também gravado por Roberta Sá, e "Cria", de Serginho Meriti e Cesar Belieny, que parece ser feito de encomenda para ela, mãe de Antonio, seu filho de dois anos. Ela explicou que na escolha de repertório, ela e Leandro recusaram vários sambas que pareciam feitos especialmente para ela.

"Acabei escolhendo canções que têm a ver comigo, com o momento, a minha história", diz a cantora, para depois confessar que todas as músicas que grava são autobiográficas. "Nem que seja uma frase".

Em entrevista para a imprensa, na última semana, no lançamento do registro, a cantora confessou que cantar samba foi um desafio. "Uma ou outra música tem as extensões diferentes do que eu estava acostumada a cantar, com muitos agudos e graves. Fiquei com um pouco de medo, conforme o repertório ia se firmando, de não ter boa voz para fazer. Me dediquei bastante e fiquei feliz com o resultado", diz.

A pequena confissão é um dos sinais de que Maria Rita quer descer do pedestal de diva a que foi alçada logo na sua estréia com cantora. Arriscar-se como sambista é a sua maneira de combater a posição incômoda.

"Foi uma necessidade muito íntima de dar uma desengessada, por assim dizer. Desde a divulgação do primeiro CD, havia um protecionismo comigo, necessário naquele momento, mas que criou essa imagem de diva intocável, que não corresponde ao meu dia-a-dia e estava me fazendo mal", afirmou.

Apesar de todo esse envolvimento com o universo do samba, não esperem que o ritmo tome conta do próximo disco. Maria Rita faz questão de frisar: "Não tenho a menor pretensão de virar sambista". Os flertes com o gênero são o bastante.

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