Bate-papo
Um Escritor na Biblioteca, com Mário Prata
Auditório Paul Garfunkel, no segundo andar da Biblioteca Pública do Paraná (R. Cândido Lopes, 133 Centro), (41) 3221-4900. Hoje, às 19 horas. Entrada gratuita.
Mário Prata está resfriado. Com um fio de voz, o escritor contou ontem à reportagem da Gazeta do Povo que passou o último fim de semana na Ilha de Comandatuba, na Bahia, "pasteurizado" entre o calor e o frio exagerado do ar condicionado do hotel.
Prata, porém, prometeu fazer tratamento intensivo para estar em condições de participar da abertura da temporada 2014 do projeto Um Escritor na Biblioteca. O encontro acontece hoje, às 19 horas, no Auditório Paul Garfunkel da Biblioteca Pública do Paraná (BPP).
Prata é um dos autores mais lidos no país e atuou em todas as frentes literárias possíveis. Foi jornalista e cronista de destaque. Escreveu novelas e roteiros premiados para a televisão e o cinema.
Publicou mais de vinte livros. Nos anos 1990, marcou presença nas listas de mais vendidos com O Diário de um Magro (Saraiva, 1997) e Minhas Mulheres e Meus Homens (Planeta, 1999). "Estes vários lados da literatura, nunca os escolhi. Sempre caíram por alguma circunstância no meu colo", explica.
Já o caminho literário que trilha na última década, o romance policial, sobre o qual deve falar hoje aos leitores curitibanos, foi o primeiro premeditado por Prata. "Escolhi fazer porque eu gosto muito desta literatura. Resolvi estudá-la a fundo. Comecei a ler muitos livros policiais e ler sobre os autores. E fui me apaixonado", conta.
Filho de peixe...
Com a voz rouca, Prata fala orgulhoso do que acredita ser seu papel na literatura nacional: "Hoje, eu sou o pai do Antonio Prata", diz. Para ele, os textos de seu filho escritor, autor de Nu (Companhia das Letras, 2013), já superaram os seus em qualidade.
"Foi um alívio. Quando ele quis ser escritor, fiquei preocupado de ele ser cobrado e comparado por ser meu filho", revela. "É difícil um filho seguir a carreira do pai e superá-lo. O único caso que conheço é o dos Verissimo. O Luis Fernando suplantou o Erico, que já era um cara maravilhoso", compara.