Marjorie Estiano encarna garota de programa em Inverno da Luz Vermelha: ansiedade| Foto: Divulgação
Guta Stresser com Sacha Bali em As Próximas Horas Serão Definitivas: vitrine nacional
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Uma ficou conhecida como a estilosa vilã Natasha, a baixista da Vagabanda, que marcou época nas temporadas 2004/2005 de Malhação; a outra, há dez anos diverte os brasileiros como a espevitada Bebel, mulher do malandro Agostinho e filha de Lineu e Nenê, no seriado A Grande Família.

Saiba tudo sobre os espetáculos da Mostra Principal 2011 do Festival de Curitiba

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Curitibanas, as boas filhas Marjorie Estiano e Guta Stresser à casa tornam nesta semana, com dois espetáculos na Mostra 2011 do Festival de Curitiba. A primeira faz logo mais, às 19 e às 22 horas, no Guairinha, as duas últimas sessões do drama Inverno da Luz Vermelha (confira o serviço completo), com texto de Adam Rapp e direção de Monique Gardenberg. Guta também vem com um drama, As Próximas Horas Serão Definitivas (confira o serviço completo), texto de Daniela Pereira de Carvalho e direção de Gilberto Gawronski, em cartaz no Teatro da Reitoria sábado e domingo, às 21 horas.

Em entrevista por telefone ao Caderno G, na terça-feira, Marjorie, de 29 anos, parecia mais nervosa do que Guta, de 38. "Es­­tou muito ansiosa, o teatro de Curitiba sempre foi muito respeitado, é reconhecido nacionalmente. Isso aumenta a nossa responsabilidade enquanto curitibanas", considera. "Curitiba é a cidade onde eu comecei, onde gerei todas as minhas ideias e as minhas vontades, e estar no Festival era uma delas. Quando eu morava aí, eu acompanhava o cenário teatral da cidade e procurava assistir a algumas peças do Festival. Sempre pensei em voltar com um espetáculo na Mostra, e poder fazer isso agora é a realização de um sonho. Estou muito feliz por estar no Festival de Curitiba, com uma peça da qual eu me orgulho muito."

Guta Stresser, por sua vez, encara a presença no Festival com mais naturalidade – até por visitar os palcos curitibanos com mais frequência do que a conterrânea. "Já levei várias peças a Curitiba; inclusive já participei do Festival com O Casamento, do Nelson Rodrigues, em 1997, sem falar de outros espetáculos, como O Auto da Compadecida, As Fúrias, Mais Perto, Rita Formiga...", enumera. "Acho Curitiba uma cidade muito boa de trabalhar, gosto de levar os meus espetáculos até aí, e é bacana poder levar mais uma vez um trabalho meu à minha cidade."

As duas consideram o Festival uma importante vitrine da produção nacional nas artes cênicas, embora Marjorie seja mais enfática: "É uma celebração, reúne peças de diversos lugares, de vários gêneros... uma verdadeira festa, tanto para o público quanto para os atores", destaca. "O nosso trabalho vive da exposição, você precisa ter a terceira pessoa ali presente. E o Festival de Curitiba continua muito forte, as pessoas se interessam em estar no Festival, porque ele atrai tanto o público quanto ‘olheiros’, produtores de elenco e outros profissionais do meio."

Guta Stresser lembra que essa "vitrine" não mostra apenas os talentos curitibanos, como aconteceu com Alexandre Nero em 2006, na peça Os Leões (onde ele foi "descoberto" pelos produtores da TV Globo). "O Brasil inteiro volta os seus olhos para o Festival de Curitiba, e não apenas para os curitibanos. Muitos grupos ou profissionais mineiros, paulistas, baianos e de diversos outros lugares também se destacam no Festival", avalia. "Mesmo porque sempre são convidados muitos jornalistas especializados, de veículos importantes, o que faz com que as peças que vão bem no Festival de Curitiba sejam comentadas no Brasil inteiro."

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Embora continuem com família e amigos na capital paranaense, Marjorie e Guta têm graus diferentes de "banzo" – no sentido da saudade de casa. "Sinto falta do clima, o Rio de Janeiro é muito quente, e eu tenho um temperamento que se encaixa melhor com Curitiba", revela Marjorie. "Prefiro o frio, sinto falta da chuva... quando começa a chover ou o tempo fica fechado por aqui, me dá uma saudade gostosa de Curitiba. Sem falar nas pessoas queridas que tenho aí, minha família toda, irmãos, tios, amigos...". Marjorie tem ainda uma nostalgia gastronômica: "Sinto falta de tomar sopa... minha mãe tinha uma vizinha, e as duas tinham o hábito de tomar sopa uma na casa da outra. Também adorava uma casa de sopas do Centro, que era uma portinha [aparentemente, trata-se da Acrótona]. Gosto de experimentar todos os sabores!".

Como Guta Stresser vem mais vezes a Curitiba, suas melhores lembranças são de lugares da cidade. "Sinto saudade de tudo, toda vez que eu vou até aí eu fico muito feliz, a cidade tem vários lugares especiais para mim: o Centro, o Guaíra, o Parque Barigui, o Champagnat ali perto do Positivo, onde eu estudava... são espaços que marcaram a minha vida", resume.

Serviço:

Inverno da Luz Vermelha (confira o serviço completo). Guairinha – Auditório Salvador de Ferrante (Rua XV de Novembro, s/nº). Hoje, às 19 e 22 horas.

As Próximas Horas Serão Definitivas (confira o serviço completo). Teatro da Reitoria (Rua XV de Novembro, 1.299). Sábado e domingo, às 21 horas.

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