Atrações
O Filo acontece entre os dias 10 e 27 de junho, em Londrina.
Principais atrações
Lançamento
Dia 29 de maio, no anfiteatro do Zerão, com show de Ana Carolina.
Internacionais
A Tempestade, da Cia. do Chapitô (Portugal); Braquage, da Cia. Bakélite (França); Dervish, da Ziya Azazi (Turquia); Diciembre, do Teatro En El Blanco (Chile); Dies Irae En El Réquiem De Mozart, da Cia. Marta Carrasco (Espanha); Don Juan Memória Amarga de Mi, da Companyia Pelmànec (Espanha); El Último Herdero, da Cia. Teatro Viaje Inmovil (Chile); Gatomaquia, do La Cuarta Colectivo Artístico (Uruguai); Guerra, da Cia. Pippo Delbono (Itália); Intérieur Nuit, de Jean-Baptiste André (França); La Gigantea, da Cie. Les Trois Clés (França/Brasil/Chile/Romênia); La Noche Antes de Los Bosques, de Mike Amigorena (Argentina); Life.Stories, de Marc Schnittger (Alemanha); Modules, de Jean-Baptiste André (França); Neva, do Teatro En El Blanco (Chile); e The Cabinet, do Redmoon Theater Company (Eua).
Nacionais
Aqueles Dois, da Cia. Luna Lunera; Cabul e O Dragão, da Cia. Amok; Determinadas Pessoas Weigel, de Esther Góes; Doido, de Elias Andreato; Memória da Cana, do Os Fofos Encenam; O Cano, da Cia. de Teatro Circo Udi Grudi; O Pato Selvagem, da Cia. Les Commediens Tropicales; O Sobrado, do Grupo Cerco; O Trenzinho do Caipira, da Cia. do Abração; e Vida, da Cia. Brasileira de Teatro (Curitiba), entre outros.
Mais informações, no site ou pelos telefones (43) 3322-1787 e 3324-9202.
A atriz e coreógrafa espanhola Marta Carrasco deslumbrou a plateia que acompanhava os movimentos desesperados de uma mulher solitária se esforçando para resistir ao consolo alcoólico no solo Aiguardent, em 2002. Aquela sua passagem pelo Festival Internacional de Londrina é lembrada com um dos grandes momentos na história do evento, que este ano chega à sua 42.ª edição, entre os dias 10 e 27 de junho, trazendo ao país outro trabalho impactante criado pela premiada artista.
Em Dies Irae En El Réquiem de Mozart, contudo, em vez de surgir sozinha em cena, Marta dirige 13 atores, bailarinos e cantores, em uma missa grotesca sobre a impotência e a ira, que foi comparada à distorção de uma obra do cineasta italiano Federico Fellini. Faz do espetáculo uma crítica à Igreja: "Com Deus não me meto, tampouco com a fé. Agora, com o instrumento, encontro motivos suficientes para rir e zombar", justificou a um jornal espanhol a artista, que atuou em Iberia, sob a direção de Carlos Saura.
Além de Marta Carrasco, o Filo 2010 terá a presença de outra companhia renomada, a italiana Pippo Delbono, com o espetáculo Guerra (que originou um filme de mesmo nome em 2003). O grupo, em atividade desde 1986, também já esteve no Brasil antes participou do festival Porto Alegre em Cena há dez anos e retorna com uma montagem que focaliza as guerras internas e as paixões mais baixas.
"Guerra provoca a reflexão, porque trata não só dos conflitos que a guerra traz, mas dos conflitos humanos. E Pippo Delbono é uma das companhias mais importantes da Europa, viaja para os principais festivais do mundo", comenta o diretor do Filo, Luiz Bertipaglia.
E este ano têm presença confirmada de um total de 14 grupos internacionais. Entre eles, está também a companhia portuguesa Chapitô, que recria em linguagem clownesca os ardis de A Tempestade, de Shakespeare. E mais um apanhado de quatro grupos latino-americanos, permitindo o que só festivais como o de Londrina e o de Porto Alegre são capazes: o intercâmbio cultural com países vizinhos que têm uma cena teatral bastante rica, mas não costumam circular por aqui. São um uruguaio, um argentino e dois chilenos como o Viaje Inmóvel, que apresenta El Último Heredero, dirigido por Jaime Lorca, fundador de um das mais importantes companhias chilenas. A La Troppa, já desfeita. Na peça, em que contracenam atores e bonecos, o mote é a colonização espanhola em seu país.
A pluralidade de linguagens continua dando as regras na composição da programação do Filo, num esforço de mostrar ao público "tudo o que é possível fazer no teatro" como diz Bertipaglia ou o mais perto que possa chegar disso. Curitiba se faz representar nesse mosaico por um espetáculo adulto e outro infantil. O primeiro é Vida, da Companhia Brasileira de Teatro, que estreou em março e este mês fará temporada no Rio de Janeiro, antes de seguir para Londrina iniciando o que pode ser uma merecida longa carreira por festivais. O outro, O Trenzinho do Caipira, é sucesso no repertório do grupo Abração.
Não há muitas novidades entre as montagens nacionais. A seleção se direciona para espetáculos que já têm uma carreira mais ou menos consagrada e, por isso mesmo, têm mais é que transitar e alcançar novos públicos.
O caso mais consolidado é de Aqueles Dois, dos mineiros da Cia. Luna Lunera, que iniciaram sua trajetória de festivais por Curitiba em 2008, e recentemente excursionaram pelo interior paranaense.
Do que já passou pelo festival curitibano, a propósito, há ainda Memória da Cana, que imergiu a plateia da Arena da Baixada num cenário incestuoso de plantações de cana-de-açúcar; o solo O Doido, pelo qual Elias Andreatto concorreu ao Shell de melhor ator; e Determinadas Pessoas Weigel, monólogo de Esther Goés que ficou obscurecida no Fringe deste ano, mas ganha visibilidade como escolha para a abertura do Filo.
Aguardo
Para que todas essas atrações se apresentem de fato e o Cabaré, tradicional espaço para a música em meio a tantas peças, possa acontecer, o festival ainda espera a confirmação de patrocínios. "Estamos tentando com o governo do Paraná. Solicitamos nos últimos anos R$ 200 mil para ter uma ideia, a Prefeitura de Londrina entra com R$ 300 mil ", compara Betipaglia, "mas não temos tido recursos significativos do governo do estado. No último ano, repassaram R$ 25 mil", diz.
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