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Os paulistas têm a chance de assistir a outras duas produções paranaenses até o dia 15 de fevereiro. Após uma breve temporada no Teatro da Gávea, no Rio de Janeiro, a Cia. Máscaras de Teatro partiu rumo à Praça Roosevelt, em São Paulo, com seus dois principais espetáculos: o clássico Werther, adaptado da obra de Goethe, e o contemporâneo Macho Não Ganha Flor, baseado em escritos de Dalton Trevisan.

Ambas estão em cartaz desde a última semana de janeiro no Espaço Satyros 1, em uma viagem propiciada pelo edital de circulação da Fundação Cultural de Curitiba.

Os atores Maicon Santini, intérprete do jovem alemão, e Marino Júnior, porta-voz do contista curitibano, conversaram com a reportagem da Gazeta do Povo sobre a experiência de enfrentar o novo público, acostumados que estão a ver sempre os mesmos rostos, fiéis, na plateia do Teatro Lala Schneider.

"É um público bacana, bem alternativo. Depois da transformação da praça, as pessoas passam para ver o que está em cartaz. Optam por uma peça, voltam para ver outra. É um grande mercado cultural", diz Marino.

"E eles estão gostando muito (dos monólogos). Meu camarim fica ao lado do banheiro. Na saída, sem que saibam, fico ouvindo as pessoas comentando. Só ouvi coisas boas até agora. Ontem, uma menina disse que o ator chama muito a atenção e o espaço é bem aproveitado", conta Santini.

Marino compara a ida às capitais paulista e carioca. "O (João Luiz) Fiani definiu bem outro dia. Parece que a Globo é uma sombra sobre a cabeça das pessoas no Rio. Se você mesmo entrega as filipetas, as pessoas acham que a peça não deve ser boa. Aqui (São Paulo) é o contrario. As pessoas querem saber mais sobre a peça. O interesse pelo teatro é uma coisa que não existe nem em Curitiba nem no Rio."

Segundo os atores, as duas montagens têm ocupado meia-casa – média de público comum por lá. Ainda não conseguiram divulgação na imprensa, mas a revista Bravo! já os procurou. Agora torcem pelo boca-a-boca e um tanto de sorte. (LR)

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