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Prédio do MASP é ponto de várias manifestações populares, na capital paulista | Arquivo Gazeta do Povo
Prédio do MASP é ponto de várias manifestações populares, na capital paulista| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Depois de um mês fechado para reforma, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) está novamente de portas abertas e completa 60 anos de vida. A nova exposição traz 49 obras do acervo do museu que tratam de um mesmo tema: o mito.

- Você vai encontrar no mesmo espaço artistas diferentes, de origens e estilos diferentes, facilitando a comparação - disse o curador do Masp, José Teixeira Coelho.

No ambiente de paredes azuis estão peças de vários artistas que retratam heróis e deuses da mitologia, como a Vênus, de Renoir. Os visitantes podem apreciar as obras de arte e aprender sobre elas.

- Você olha a ilustração e volta ao texto e repara em coisas que não tinha visto antes - diz o estudante Lucas Sampaio.

A exposição também reúne obras de épocas diferentes. A mais antiga delas é uma escultura feita 400 anos antes de Cristo. É Higéia - a deusa da saúde.

Inaugurado em outubro de 1947, em outro endereço, na Rua Sete de Abril, o Masp está na Avenida Paulista há 39 anos. E sua arquitetura é um dos símbolos da cidade.

Com um acervo de quase oito mil obras de arte, o museu atravessa uma crise, com dividas que chegam a R$ 10 milhões.

No aniversário de 60 anos do Masp, a população fala dele com carinho e deseja que as portas continuem sempre abertas.

- Sem ele nós estaríamos mais pobres do ponto de vista da cultura e o Brasil estaria fora do mapa do ponto de vista ocidental - disse o professor João Batista Prado.

Até maio serão inauguradas outras três exposições no Masp, com os seguintes temas: paisagens, retratos e arte religiosa.

A nova concepção física e conceitual de apresentar o acervo possibilitará ao publico apreciar obras de períodos distintos, do clássico ao moderno, européias e brasileiras, lado a lado. "A arte do mito" - primeira das quatro exposições temáticas - tem curadoria de Roberto Magalhães, professor de História da Arte e Museologia da Universidade Internacional de Arte de Florença. Com 49 obras do século XIV aos dias de hoje, a seção apresenta obras de Renoir, Picasso, Nicolas Poussin, entre grandes nomes. Os mitos de Hércules, Afrodite e muitos outros são abordados em pinturas, desenhos e cerâmicas.

Idealizada pelo curador do Masp Teixeira Coelho, a nova concepção prevê para ainda 2007 a abertura da segunda exposição, "A natureza das coisas", com paisagens e naturezas-mortas observadas em épocas distintas. "Olhar e ser visto" apresenta retratos e auto-retratos e será aberta em fevereiro de 2008. Em abril, "A Arte Religiosa" completa a renovação do 2º andar do Masp com obras-primas da arte do século XIV à contemporaneidade. Das cerca de 7.600 obras do acervo, aproximadamente 250 poderão ser apreciadas neste novo contexto. A nova divisão temática fica em cartaz no mínimo até outubro de 2008.Diálogo com outros museus

Outra novidade é o início da correspondência do Masp com outros curadores e museus da cidade, que será inaugurada com a apresentação de obras de Thomaz Ianelli (1932-2001) no programa "Obra em Contexto", implantado há um ano no Masp. Ianelli está em cartaz na Pinacoteca do Estado de São Paulo até 4 de novembro, com curadoria de Angélica de Moraes, também curadora da mostra de bolso a ser apresentada no Masp a partir de sábado, 29 de setembro.

- A idéia é promover, quando possível e sugestivo, a convergência de nosso acervo com o que está acontecendo em outros museus de São Paulo - diz Teixeira Coelho.

Um dos pintores brasileiros que melhor soube usar a cor, daí ser chamado de colorista, Ianelli será mostrado em duas obras: "À Espera do Reencontro", de 1988, e "Pássaros ao Amanhecer", de 1986, do acervo do MASP, apresentadas e analisadas pela crítica cultural. As obras dialogam com "Aquário" (1983), de Jorge Guinle (1947-1987), pertencente também à família artística dos abstratos informais.

Confira a programação dos museus de Curitiba, no Guias e Roteiros

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