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Matchbox Twenty tocou durante 2h15, mesclando novas músicas e hits | Marcos Mancinni/Divulgação
Matchbox Twenty tocou durante 2h15, mesclando novas músicas e hits| Foto: Marcos Mancinni/Divulgação
  • O vocalista Rob Thomas não poupou elogios ao público brasileiro.
  • Brian Yale, baixista da banda
  • Kyle Cook e Rob Thomas: dupla entrosada durante as baladas românticas do setlist
  • Kyle Cook solou, cantou e mostrou sua veia blueseira na apresentação
  • O baterista Stacy Jones acompanha o Matchbox nas turnês desde 2007
  • O guitarrista Paul Doucette era um dos que mais interagiam com o público na apresentação
  • Carismático, Rob Thomas mostrou boa performance em mais de duas horas cantando
  • Brian Yale e Stacy Jones formam a cozinha do som cheio de influências da banda norte-americana
  • Kyle Cook e Brian Yale, ao fundo

Em mais de duas horas de uma apresentação enérgica e empolgante na noite desta quarta-feira (18), no Curitiba Master Hall, os norte-americanos do Matchbox Twenty mostraram que estão preparados para a difícil missão da próxima sexta: esquentar o público para os "arrasta-multidões" Nickelback e Bon Jovi, no Rock in Rio. A carismática banda, liderada pelo vocalista Rob Thomas, conquistou o público com um show tecnicamente impecável e mais roqueiro do que geralmente faz.

Da leva de boas bandas surgidas nos Estados Unidos na segunda metade dos anos 1990, o Matchbox é umas das que ainda mantém um trabalho relevante. E chegou ao Brasil disposta a passar a limpo os 17 anos de carreira e quatro álbuns de estúdio – somados a uma compilação com algumas músicas inéditas, lançada em 2007. "Demoramos muito tempo para vir ao Brasil, mas não levaremos tanto tempo para voltar", disse Thomas para a casa cheia, entre uma declaração e outra de amor ao público brasileiro.

É bem verdade que o repertório amornou ao longo dos anos e já não é mais tão focado no rock quanto nos dois primeiros discos, Yourself or Someone Like You (1996) e Mad Season (2000). Mas a banda sabe como poucas transformar canções pop e amigáveis em sons mais viscerais e apoteóticos ao vivo. O setlist passeou por todas as fases sem perder o pique. Parade, do mais recente álbum, North (2012), abriu a apresentação, seguida de Bent e Disease, que fizeram muito sucesso no início dos anos 2000 e ganharam facilmente o público.

Mesmo as músicas mais novas foram bem aceitas pela plateia, especialmente os singles "She’s So Mean" e "Overjoyed". Mas foram, logicamente, as sequências de canções antigas que incendiaram a casa. Destaque para "Unwell", "Bright Lights", "If You’re Gone" e, principalmente, "3AM", "Girl Like That", "Real World" e "Long Day".

A banda, inspirada, aproveitou a boa resposta do público para dar um espetáculo de presença de palco e boa interação do público. Em "So Sad So Lonely", a dupla de guitarristas Kyle Cook e Paul Doucette fizeram uma jam passeando pelo rock e blues. Doucette ainda subiu no camarote, de onde tocou no meio da plateia. "Fazer um show em um clube menor muitas vezes é melhor do que tocar para 20 mil pessoas. A energia que vocês, brasileiros, nos passam é incrível", disse Thomas. "Eu amo vocês", arriscou-se em português.

O ápice da apresentação foi o bis, que abriu com a inevitável "Back 2 Good". Após um solo de slide guitar de Cook, a banda emendou a clássica "Jumping Jack Flash", dos Rolling Stones, antes de fechar com "Push", hit que a alçou ao estrelato.

Uma grande apresentação que deixa a certeza: o Matchbox Twenty tem tudo para não ser um mero coadjuvante na noite de sexta na Cidade do Rock.

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