O carnaval paulistano encerrou na manhã de domingo com tempo bom e mais gente nas arquibancadas do que no primeiro dia de desfile. Todas as agremiações do grupo especial conseguiram fazer sua performance no tempo regulamentar.
As escolas que mais se destacaram foram a Gaviões da Fiel, a Mocidade Alegre e a Acadêmicos do Tucuruvi. Todas abusaram de cores fortes, de fantasias e alegorias detalhadas, cheias de efeitos e tecnologias. A apuração das notas das escolas do Grupo Especial será feita na tarde de terça-feira.
A Nenê de Vila Matilde abriu a festa com uma exaltação à igualdade e levantou a arquibancada. A vibração a mais foi garantida por integrantes do bloco baiano Olodum, que tiveram um carro alegórico e participaram como ritmistas da bateria. Também surpreendeu a dramaturgia da ala Canudos, com Zé Celso Martinez no papel de Antonio Conselheiro.
A Gaviões da Fiel mostrou a importância da propaganda na vida dos brasileiros. Parou a avenida com um carro abre-alas de 60 metros de comprimento. A escola usou sinalizadores, fogos de artifício, bandeiras e muitas faixas, reproduzindo o clima de um estádio de futebol. A fumaça dificultou a visão de alguns setores das arquibancadas.
Candidata ao bicampeonato, a Mocidade Alegre levou 3,2 mil passistas à avenida, divididos em cinco carros alegóricos e 25 alas.
Com um enredo sobre a tentação, brincou com hipótese de que os pecados podem levar ao céu, e não ao inferno. A Tom Maior, patrocinada por um empresa de camisinhas, teve enredo semelhante e abusou da sensualidade na avenida, sem deixar de alertar para o perigo das DSTs
A Acadêmicos do Tucuruvi homenageou Mazzaropi, no ano do centenário do artista. Soltou papéis brilhantes na avenida. A primeira alegoria exibiu um grande circo, no qual o comediante começou a trabalhar aos 14 anos. Palhaços, trapezistas e outros artistas circenses dividiam o centro com um atirador de facas, sendo todos cobertos por uma lona. O desfile empolgou e coloca a Tucuruvi entre as favoritas.