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Promotores começarão esta semana a apresentar ao tribunal as provas de que o médico de Michael Jackson foi responsável pela morte do astro, num caso em que o principal fator será determinar quem deu a dose fatal do remédio para dormir que o cantor consumia.

Conrad Murray, medico de Jackson em 2009, foi acusado de homicídio culposo e um juiz de Los Angeles vai iniciar a audiência preliminar na terça-feira (4) para determinar se há provas suficientes para a realização de um julgamento. Essa parte do processo é considerada uma mera formalidade.

Jackson, um dos mais bem-sucedidos músicos de todos os tempos, com sucessos como "Thriller" e "Billie Jean", morreu de overdose de remédio para dormir em 25 de julho de 2009, aos 50 anos, depois de sofrer um ataque cardíaco em sua mansão.

Murray admitiu ter dado uma injeção do poderoso anestésico propofol a Jackson, o que foi um importante fator em sua morte. A droga é usada principalmente em hospitais, mas foi aplicada em Jackson como um sonífero.

A promotoria espera mostrar que o médico, que foi contratado por um empresário artístico para tratar de Jackson antes de uma série de shows, era um homem com problemas financeiros que daria irresponsavelmente drogas ao cantor em troca de pagamento.

Estratégia de defesa

Murray declarou-se inocente, e na semana passada advogados de defesa revelaram que vão se concentrar em uma misteriosa seringa achada perto de Jackson, para explorar a possibilidade de outra pessoa ter injetado a dose fatal de propofol no cantor.

Alguns especialistas estão céticos a respeito da defesa, que é baseada na presunção de que Jackson, reconhecidamente um usuário de muitos medicamentos, poderia ter aplicado do propofol em si mesmo.

"(A defesa) explora a percepção das pessoas sobre a atitude de Jackson e sobre o que ele poderia ter feito, mas é difícil que isso tenha ocorrido sem a participação de Murray", disse Laurie Levenson, professora da Faculdade de Direito Loyola.

As audiências preliminares poderão durar até duas semanas, segundo a defesa, um período ainda mais longo do que as audiências do julgamento de 1995 de O.J. Simpson pelo assassinato de sua ex-mulher.

O caso deverá ir a julgamento, pois o ônus da prova não é muito grande para a promotoria, segundo especialistas.

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