Uma revelação publicada neste domingo (21) pelo jornal News of the World deve complicar ainda mais a situação do médico Conrad Murray em relação à morte do cantor Michael Jackson. O jornal britânico teve acesso aos registros dos paramédicos que foram até a mansão do popstar em 25 de junho do ano passado para socorrê-lo e nos documentos consta que Murray omitiu que houvesse administrado o uso do poderoso anestésico propofol, substância considerada como a principal responsável por sua parada cardíaca.
O relatório dos paramédicos ainda confirma a informação de que Michael já estava morto quando chegaram a sua casa, no subúrbio de Los Angeles. O popstar estaria sem batimentos, pulsação ou respiração e com as pupilas dilatadas. Mesmo assim, Murray, como o médico mais experiente presente, quem insistiu que o astro fosse levado ao hospital.
Murray teria dito apenas que deu ao cantor o sedativo lorazepam para ajudá-lo a dormir, mas omitiu o uso do propofol, fato que os paramédicos tinham que ser informados. O médico vem sendo investigado desde a morte de Michael. O instituto de medicina legal de Los Angeles declarou que sua morte foi um homicídio, causada principalmente por propofol, além do lorazepam. Um coquetel de outros analgésicos, sedativos e um estimulante também foram encontrados em seu corpo.
Murray, que é cardiologista, insistiu repetidas vezes que não cometeu nenhum erro e, segundo documentais de tribunais, disse a investigadores que não foi o primeiro médico a dar propofol a Michael Jackson.
Murray foi contratado em maio de 2009 para cuidar de Michael, de 50 anos, quando o artista se preparava para uma série de concertos que reativariam sua carreira, prejudicada por seu julgamento e absolvição, em 2005, por acusações de molestamento sexual de um menino de 13 anos.
A morte repentina do popstar desencadeou uma enxurrada mundial de manifestações de pesar pelo cantor, que iniciou sua carreira quando criança e cujo álbum "Thriller", de 1982, ainda é o mais vendido do mundo.
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