O próximo filme de Mel Gibson como diretor será brutal, nas palavras do próprio diretor. Quem deu essa informação foi o próprio Gibson, num evento voltado para jornalistas e distribuidores do mundo todo realizado pelos estúdios Disney. O longa-metragem se chamará "Apocalypto" e se passará numa civilização antiga da América do Sul.
- O filme será brutal. Vocês vão passar toda a sessão com as unhas enfiadas na cadeira do cinema - disse Gibson, que lançou no ano passado o polêmico e bem-sucedido "A paixão de Cristo".
Ostentando uma barba enorme e grisalha e vestindo jeans e uma camisa surrada, Gibson adiantou que o filme não terá tanto sangue quanto "A paixão de Cristo".
- Desta vez não vou esfregar o sangue na cara de vocês - brincou com a platéia.
"A paixão de Cristo" é inteiramente falado em aramaico e latim. Já "Apocalypto" será falado num dialeto maia. Gibson disse que o filme terá pouquíssimos diálogos. A palavra Apocalypto significa "um novo começo" em grego.
A estréia deve ocorrer em julho do ano que vem. A escolha do elenco e das locações já tiveram início. O longa começa a ser filmado no México no próximo mês e especula-se que somente índios nativos participarão dele.
- Estive na América do Sul recentemente procurando atores - contou Gibson, que explicou qual é o objetivo do filme. - Vou investigar outra época para entender como chegamos onde chegamos.
Na opinião de Gibson, o cinema tem três funções.
- Entreter, ensinar e ajudar o ser humano a transcender - disse o ator-diretor.
"A paixão de Cristo" criou polêmica internacional ao descrever, com tintas fortíssimas, as últimas horas de vida de Jesus Cristo. "Paixão" rendeu mais de US$ 600 milhões nas bilheterias do mundo todo.
Recentemente, a Disney fechou um acordo com a produtora de Gibson, a Icon. O estúdio cuidará da distribuição do filme dentro dos EUA. Em contrapartida, Gibson terá total liberdade criativa e financeira.
Em função de "Apocalypto", Gibson abandonou o drama "Under and alone", que será dirigido por Antoine Fuqua ("Dia de treinamento").
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