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André Abujamra, Melina Mulazani e Maurício Pereira: afro beat pop brasileiro | Divulgação
André Abujamra, Melina Mulazani e Maurício Pereira: afro beat pop brasileiro| Foto: Divulgação

Uma novidade e um reencontro aguardado há muito tempo. É o que está programado para acontecer no palco do Teatro Paiol às 21 horas de sexta-feira (22) e sábado (23). Melina Mulazani lança seu primeiro disco solo. O nome pode fazer crianças perderem o sono, mas O Monstro Careca da Barriga Esburacada de Petipavê traz um apanhado de canções otimistas: poesia e música estão lado a lado, mergulhados em uma mistura refinada de ritmos, definida por André Abujamra – que assina a produção –, como "afro beat pop brasileiro".

No repertório do disco e do show, uma canção de amor, uma ciranda, uma espécie de afoxé "roots e ecológico" e um "rap HQ". Tudo, música e letra, criado por Melina. Há também outra composição em parceria com Abujamra. E outra mais de Paulo Teixeira, guitarrista da banda Blindagem.

A estreia de Melina vem coroar sua carreira de mais de 20 anos. A cantora tem no currículo trabalhos com o Teatro Laboratório Lusco-Fusco, a Tempo Companhia de Dança, o trio vocal Noivas do Allfreddo e o grupo Mundaréu.

Retorno

Quem volta aos palcos é o projeto Mulheres Negras, formado pelos homenzarrões brancos André Abujamra e Maurício Pereira. A receita de sucesso será mantida: letras irreverentes, misturas musicais inusitadas e aparatos tecnológicos estarão presentes como acontece desde 1985, quando da criação da dupla que já se definiu como a "terceira menor big band do mundo".

O grupo gravou os cultuados álbuns Música e Ciência, em 1988, e Música Serve pra Isso, em 1990. Na época, se apresentavam com sobretudos e chapéus-coco. Em 1991, Abujamra e Pereira se separaram. Mas, claro, houve festa: o adeus aos palcos foi motivo para um show. Em 2005, os três discos foram relançados em CD, e, em 2006, os Mulheres Negras anunciaram seu retorno.

O modo performático como Abujamra e Pereira se portam no palco serviu de referência para muita gente. A musicalidade arrojada da dupla, a utilização de recursos – como projeções e diversos figurinos – têm a capacidade de transportar a plateia, a cada música, para um lugar diferente.

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