Dois grandes nomes do samba e do pagode estarão dividindo o palco do Guairão neste sábado (veja as informações no Guia). Os grupos Raça Negra e Só para Contrariar (SPC) fazem o show “Gigantes do Samba”, no qual lembram os grandes sucessos da carreira de ambos.
A reportagem do Caderno G conversou com o líder do SPC, Alexandre Pires, que falou sobre o projeto e os 25 anos de carreira do grupo.
Como está sendo para o SPC e o Raça Negra dividirem o palco neste projeto?
Está sendo maravilhoso. Nós do SPC sempre fomos fãs do Raça Negra, que é um grupo que também nos influenciou muito no início da nossa carreira. Realizar esse projeto e dividir o palco com essa banda tão importante no nosso segmento, é uma honra.
Quais são os melhores momentos do show?
É difícil escolher isso. O show é um grande apanhado dos maiores sucessos das duas bandas. O público canta todas as músicas, sem exceção. É emoção do começo ao fim.
No auge do sucesso, uma banda influenciou a outra? Como o Raça Negra influenciou o SPC?
Com certeza. O Raça Negra chegou trazendo elementos novos e uma sonoridade diferente para o samba. O SPC veio no mesmo caminho, com teclados, guitarras e um samba mais romântico.
Como vocês veem o ciclo da vertente romântica do samba nos anos 90, até a diminuição do mercado para este estilo nos anos 2000? Por que acha que o estilo fez tanto sucesso naquela época?
Esse é um ciclo natural, que acontece na música com todos os estilos. Há momentos de maior destaque para um segmento, em seguida outro estilo musical acaba tendo mais visibilidade e aceitação do público, e assim vai. Vejo isso como algo natural no mercado.
Como vocês veem o espaço no mercado musical de hoje para o chamado pagode?
O pagode tem bastante espaço também no mercado de hoje e isso é muito bom. Temos grandes rádios que têm a maior parte da sua programação feita de samba e pagode, assim como na tevê também, existe uma abertura muito boa para o gênero. Há uma série de novos talentos surgindo no pagode, e isso é mais uma prova de que o mercado continua aberto para o samba.
Qual a percepção que vocês têm do público que tem ido a estes shows? É um público mais velho, que acompanhou vocês há 20 anos, ou é também um público jovem?
Uma grande parte do público viveu o boom do pagode na década de 90, mas há também muitos jovens e aquela garotada que curte o pagode da nova geração, mas também conhece o trabalho do SPC e do Raça Negra.
Que lembranças você tem das passagens do SPC por Curitiba?
Gosto muito de Curitiba. O Sul do Brasil de forma geral me encanta, tanto que me mudei para Itapema, em Santa Catarina. Curitiba é uma cidade que sempre recebeu a mim e ao SPC com muito carinho. Nós recebemos muitas mensagens e pedidos de shows vindos de Curitiba. É uma cidade pela qual eu tenho um carinho enorme, e estou muito feliz por poder voltar e reencontrar esse público.
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