Participações especiais
O que poderia parecer um momento meio "lobby demais" no show virou uma grata surpresa.
Um concurso nacional (No Embalo da Rede) promovido pela Nextel, realizado com o objetivo de identificar jovens talentos da música brasileira, selecionou alguns cantores que, como prêmio, poderiam se apresentar com Maria Gadú.
A primeira a pisar no palco do Teatro Positivo foi a professora paranaense Kelly Mendonça, que soltou o vozeirão na música "Dona Cila", um dos maiores sucessos de Gadú.
A boa postura em palco e a afinação da moça surpreenderam a plateia, que terminou de ir ao delírio com a apresentação de Renato Viana.
Cantando "João de Barro", o grande vencedor do concurso deixou o público embasbacado, incluindo a própria Gadú que, enquanto o jovem cantava, vibrava e mostrava-se empolgada com a apresentação e terminou com "que isso, gente?", logo que o músico saiu do palco.
Com uma calça branca largada e uma regata "surrada" da mesma cor, Maria Gadú entrou no palco quase encolhida na própria timidez, na noite de sexta-feira (4), no Teatro Positivo, em Curitiba. Mas, bastou o primeiro acorde ecoar para que a jovem se libertasse.
No figurino simples, os acessórios eram as duas guitarras e o violão que se revezavam, ao longo do show, no pescoço da cantora. O trunfo, que fez qualquer um esquecer do visual, apareceu quando a moça começou a cantar.
»Vídeo: Assista à abertura do show de Maria Gadú em Curitiba
Logo no início do show, a voz limpa, afinadíssima e pouco rouca deixou a plateia anestesiada. Todos mudos até serem despertos por um sonoro "Boa noite Curitiba!", quase gritado por Gadú, logo depois de "Alguém Cantando" e "Reis", escolhidas para abrirem a apresentação.
Aliás, há de se dizer que, além da voz da paulista, o efeito de hipnose foi resultado também de um outro artifício bem original: um telão, que separava o público de Gadú, em que eram escritos nomes de artistas, enquanto a primeira canção era tocada. (Veja o vídeo ao fim desta matéria)
Na vez da música "Extranjero", a terceira do show, o telão subiu e o público foi à loucura vendo a artista mais nitidamente, mas ainda não tão de perto. Exatamente por causa do telão, a montagem da banda no palco ficou recuada, ou seja, mesmo quem pagou o gargarejo, não ficou de nariz colado com Gadú.
No repertório canções do primeiro CD, como "Bela Flor" e "Tudo Diferente", e as do novo trabalho Mais Uma Página, como "Long Long Time", "Like a Rose" e "Anjo de Guarda Noturno".
Entre uma música e outra, nada de papo ou interação. Com uma timidez aguda, Maria Gadú só dizia um introvertido "Obrigada gente", nas breves pausas. O inusitado é que a falta de diálogo não comprometeu em nada a reação do público. Talvez por ser evidente que não se tratava de antipatia ou soberba por parte da cantora, simplesmente introspecção.
E a tietagem foi efusiva. Gritos histéricos de "linda!", "maravilhosa" e "te amo" eram quase parte do show. Enquanto isso, lá no palco, Gadú dava sorrisos, agradecia com acenos e às vezes até se espantava: "Oxi!", soltou depois de ouvir o berrar de tantos elogios.
Até aí, situação controlada. Mas já no bis, uma fã conseguiu driblar os seguranças e surgiu na frente da artista com os braços abertos.
Depois do abraço dado e da fã retirada, Gadú encerrou a apresentação com "Laranja" sendo cantada em coro por uma multidão que já se aglomerava no pé do palco, bem longe das cadeiras formais do teatro.
STF inicia julgamento que pode ser golpe final contra liberdade de expressão nas redes
Plano pós-golpe previa Bolsonaro, Heleno e Braga Netto no comando, aponta PF
O Marco Civil da Internet e o ativismo judicial do STF contra a liberdade de expressão
Putin repete estratégia de Stalin para enviar tropas norte-coreanas “disfarçadas” para a guerra da Ucrânia
Deixe sua opinião