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Uma moça que dá aulas de dança na rua em São Paulo ou no Rio de Janeiro usando o som de seu carro em uma comunidade carente. Uma comunidade localizada em Roraima que está aprendendo a arte do grafite. Um grupo que preserva a cultura afro-brasileira através da dança e da música no estado Paraná. São iniciativas como essa que o prêmio Cultura Viva, lançado pelo Ministério da Cultura nesta semana, em Porto Alegre, quer tirar do anonimato e mostrar ao país.

- Queremos tirar essa cultura viva do gueto, das sombras, do estigma, para dizer sim a tanto não, que os séculos condicionaram como exclusão. A cultura viva torna-se assim uma espécie de forró da alforria. Libertação - diz o ministro da Cultura, Gilberto Gil, que participou do lançamento.

Para o ministro, a palavra diversidade define a essência desse prêmio. Para ele, é uma forma de tirar da impotência e do isolamento quem tem voz ativa para estar no centro dos acontecimentos.

Podem ser inscritos projetos de teatro, audiovisual, música, artes da palavra (literatura, cordel, lendas, mitos, dramaturgia e contação de histórias). Também iniciativas que contemplem o patrimônio cultural. As inscrições foram abertas na quinta-feira (19) e se encerram em 25 de maio de 2007. Podem ser enviadas pelos Correios ou feitas pela internet, no endereço www.premioculturaviva.org.br. Serão selecionados 18 projetos que receberão prêmios de R$ 30 mil, R$ 20 mil e R$ 10 mil, conforme a colocação.

Não há discriminação entre iniciativas formais, informais, projetos ligados a uma ONG, a instituições privadas ou públicas, gente que toma a frente de um projeto sem ter nem mesmo um CNPJ, apenas a vontade de mudar ou construir algo.

- Claro que para receber o prêmio os ganhadores precisam se formalizar, mas oferecemos para isso todo o suporte. Assim, abrimos espaço para iniciativas de todo tipo. Cerca de 33% dos 1.532 projetos inscritos na primeira edição eram informais - explicou Ana Regina Carrara, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, (Cenpec), órgão responsável pela parte técnica do projeto.

Para ela, esta é oportunidade também de fazer um mapeamento da produçao cultural em todo o território nacional. São inciativas que nascem em escolas públicas, em gestores públicos, em grupos informais, em fundações de empresas, em ONGs, em mestres individuais, grupos e em nossos 672 pontos de cultura distribuídos por todos o país.

O prêmio foi lançado pelo ministro da Cultura Gilberto Gil no prédio do Santander Cultural, em Porto Alegre (RS). É uma parceria do MinnC com o Ministério da Educação e os participantes concorrerão automaticamente ao prêmio Escola Viva. Tem patrocínio da Petrobras e apoio do canal Futura.

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