O Ministério da Cultura lançou ontem oficialmente o programa Vale Cultura, benefício mensal de R$ 50 concedido a trabalhadores para consumo de produtos culturais, como ingressos para cinema e teatro, museus, espetáculos, shows, circo ou mesmo comprar ou alugar CDs, DVDs, livros, revistas e outros bens.
Instituído em 2009, ainda no mandato do ex-presidente Lula (PT), apenas ontem os primeiros cartões pré-pagos, válidos em todo o país, foram distribuídos pela ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), para trabalhadores do Banco do Brasil de São Paulo. Ainda que em outros estados como o Paraná e Mato Grosso do Sul eles já estejam sendo usados desde o ano passado.
Semelhante a um vale-refeição, o Vale Cultura é um cartão que poderá ser distribuído a funcionários por empresas que se cadastrarem no programa algumas receberão abatimento no Imposto de Renda. Para receber o benefício, os trabalhadores precisam ganhar até cinco salários mínimos.
O benefício é cumulativo o trabalhador pode guardar o valor durante meses para comprar um bem mais caro, um instrumento musical ou pagar um curso, por exemplo.
Segundo levantamento recente do governo federal, apenas 340.141 empregados foram registrados até o momento para receberem o auxílio. A quantidade é menos de 1% dos 42 milhões de trabalhadores potenciais que o Ministério da Cultura espera atingir.
Na prática
Na edição de ontem, o jornal Folha de S.Paulo divulgou que em dezembro do ano passado, um mês antes do lançamento oficial do Vale Cultura, trabalhadores paranaenses já usavam os cartões magnéticos.
O Grupo Ribeiro, dono de uma concessionária de automóveis no Paraná e no Mato Grosso do Sul, distribuiu cartões a 62 de seus 296 funcionários em 12 de dezembro. Os trabalhadores recebem salários de até R$ 1.150.
À reportagem do jornal paulistano, Rosângela Maria Castelini da Silva, 44, zeladora da concessionária na cidade paranaense de Maringá, disse que tentou comprar um ingresso no cinema, mas que o cartão foi recusado. Então, foi à Livraria Rainha da Paz, que vende artigos religiosos. "Comprei um livro do Padre Marcelo Rossi e um rosário", contou.
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