Para o Ministério do Meio Ambiente, o Greenpeace não divulgou nenhuma novidade, mas a afirmação não reflete menosprezo pela informação, muito pelo contrário: o governo federal há muito tempo bate na tecla da importância estratégica do Brasil para a conservação das áreas florestais. Na verdade, o interesse está voltado para informações ainda mais específicas. Para isso, até meados deste ano deve ser concluído o mapa de remanescentes dos seis biomas brasileiros: a Amazônia, a Mata Atlântica, o cerrado, o Pantanal, a caatinga e os pampas.
O estudo, que está custando R$ 1,25 milhão aos cofres públicos, delineia todas as áreas onde ainda é possível encontrar resquícios da vastidão biodiversa do país. "Ter esse mapa preciso é fundamental para estabelecer políticas públicas", esclarece o diretor de conservação da biodiversidade do MMA, Paulo Kageyama. Segundo ele, os dados preliminares são animadores, mostrando, por exemplo, que a devastação das áreas de cerrado e caatinga é menor do que se imaginava. O levantamento é feito por meio de fotos de satélite e checagens in loco. As imagens são de 2005 e resultarão em um panorama atual da reservas florestais.
Para este ano também é esperada a atualização do Atlas da Fundação SOS Mata Atlântica, que aponta os desmatamentos ocorridos no prazo de cinco anos. Por dois qüinqüênios, o Paraná foi o estado que mais devastou os remanescentes de Mata Atlântica. A expectativa é de reversão neste quadro.
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