Modelo Fernanda Tavares participa de filme francês

Depois de Rodrigo Santoro, Gisele Bündchen, Charles Paraventi e Gero Camilo terem dado expediente do lado do mal nas telonas internacionais, a bela e bandida da vez é a top model Fernanda Tavares. No longa policial francês "Gomez contre Tavarès", a modelo estréia no cinema como Francesca, uma ex-presidiária brasileira com passado negro que vai para a França ajudar dois policiais na busca por uma pedra preciosa, numa trama sobre corrupção. Mas se engana quem pensa que ela se incomoda em entrar para o time dos vilões made in Brasil.— Todo mundo começa como bonzinho e quer um vilão. Eu já comecei ao contrário — comemora Fernanda.

Para interpretar Francesca, a top fez aulas de luta e de francês — apesar de ter morado na França, ela não fala a língua do país.

— Não sou uma pedra, mas não sei interpretar. Não falo francês e não sou atriz. Quando li o roteiro, achei que estivessem brincando comigo, porque Gomes também é meu sobrenome — diverte-se a top, namorada do ator Murilo Rosa.

A ex-presidiária Francesca, que "é seca, não tem dó nem piedade", até que poderia estar na mesma gangue de Vanessa, a ladra de carros brasileira vivida por Gisele Bündchen em "Táxi".

— Já me disseram isso! Eu e Gisele nos falamos, mas não é sempre. E nunca sobre trabalho — diz Fernanda.

Em sua primeira cena, Fernanda rouba um carro de um policial, e ainda reclama por ser revistada depois.

— Aceitei fazer o filme porque será uma coisa mais low profile. A repercussão é grande, mas não tem o impacto ou a cobrança de Hollywood — avalia Fernanda.

Quem já bateu ponto em Hollywood, pelo visto também não se importa com os comentários sobre os bandidos verde-e-amarelos.

— Vou mais na direção de algo do que fugindo do estereótipo — decreta o galã Rodrigo Santoro, que, para quem ainda não sabe, já tem mais um bandidinho no currículo: Paulo, seu personagem no seriado "Lost", também não é flor que se cheire.

Charles Paraventi, malvadão em "Chamas da vingança" e "Domino — A caçadora de recompensas", também vai pelo mesmo caminho.

— Isso não me incomoda. Sou ator e esse é meu trabalho — encerra.