Expansão da cultura popular, formação de grupos diversos que estudam, tocam e se dedicam a gêneros quase esquecidos por muitos. O fenômeno é recorrente entre jovens universitários brasileiros.
Para Lia Marchi, ministrante da oficina de Folclore nas Escolas e coordenadora do projeto Tocadores que divulga, documenta e pesquisa a música tradicional , o fato é expressão da tradição, e não mero modismo. "A música de raiz, dos nossos avós, também é nossa. Ela faz descobrir quem nós somos e de que forma nos expressamos. O folclore tem uma musicalidade e um ambiente muito rico, muito sincero. Quem descobre, se encanta", explicou Lia, que, na oficina, coordena professores de 23 a 50 anos.
Sobre a possibilidade de extinção da cultura popular secular
uma discussão que ferve" , Lia lembra da sorte de estarmos no Brasil. "Alguns países têm esse registro só em documentos. Aqui, vemos nas ruas, acontecendo todo dia."
Outro ponto, segundo Lia, é a possibilidade de registro dessa obra. Com tecnologia disponível, a manifestação popular ganha espaço em DVDs, CDs e até videos no site youtube.
Janete Andrade, coordenadora da Oficina de Música, considera uma obrigação a valorização do folclore e a reprodução dele por outras gerações.
"Essa é uma das funções da oficina: fazer o possível e o imaginável para que essas manifestações não acabem. Quanto às releituras, sempre existe esse perigo de modismo. Mas, se 30% dessas pessoas que tiverem contato levarem a coisa a sério, já é positivo", explicou a coordenadora.
As classes de cunho folclórico oferecidas pela 27ª Oficina de Música são as de Fandango, Viola Caipira, Rabeca na Folia do Divino e Folcore nas Escolas.
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