Quatro exposições, a abertura de um centro de pesquisa de arquitetura e urbanismo e uma agenda ainda aberta para exposições temáticas sobre futebol foram os projetos apresentados pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), representante da cidade-sede de Curitiba no evento Cultura na Rede.
A diretora do MON, Estela Sandrini, disse que o museu vai expor as esculturas e pinturas do paranaense João Turin e também fará um panorama da arquitetura e o urbanismo curitibanos, para os quais será criado um centro de pesquisa.
Haverá também uma exposição interativa sobre Oscar Niemeyer e uma mostra de fotos do acervo do Instituto Moreira Salles, As Origens do Fotojornalismo.
Ela também destacou o projeto Pelas Ruas com Poty, intervenções temáticas com a obra do artista local no museu e outros espaços urbanos da cidade.
Estela, porém, admitiu que ainda não foram definidas as pautas de eventos ligados especificamente ao futebol que poderiam atrair ao museu os visitantes eventuais interessados no esporte. "Gostaria, inclusive, de ouvir algumas sugestões. O nosso museu não é para todos, mas de todos", disse aos presentes.
Mediador do debate, o sociólogo carioca Maurício Murad sugeriu dois temas: a relação da imigração alemã no futebol paranaense e também algo que mostrasse a Suburbana campeonato de futebol amador entre clubes de Curitiba e região que tem sido objeto recente de pesquisas, livros e filmes ao mundo.
Sugestões
Outras sugestões vieram da experiência recente de entidades estrangeiras. Alexandre Colliex, do Centre Pompidou, de Paris, na França, disse que é preciso que os museus entrem de vez na era digital. "Aplicativos como o Mobile Pompidou podem levar o museu àqueles que não iriam nunca até lá", destacou. Sara Hallat, de uma ONG sul-africana que atuou na Copa de 2010, destacou que é preciso mostrar o "lado B" da cultura local, já que a programação oficial da Fifa se encarrega de mostrar a parte mais visível e quase estereotipada de cada cultura. "É uma oportunidade única de mostrar a verdadeira cara de uma cidade e país". Justine Simons, que há 11 anos chefia a cultura da Prefeitura de Londres, falou que os Jogos Olímpicos serviram para "reorganizar e modernizar os equipamentos culturais da cidade".
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