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Aldebaran
Guairinha (R. XV de Novembro, s/nº), (41) 3304-7900. Dias 2, 3 e 4, às 21 horas, e dia 5, às 19 horas. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Classificação indicativa: 14 anos.
Sem passagem por Curitiba em seus 35 anos de existência criativa, o grupo mineiro Oficcina Multimédia apresenta de quinta-feira a domingo, no Guairinha, a peça Aldebaran.
Resultado de uma pesquisa patrocinada pela Petrobras, o espetáculo aborda a dualidade do homem, dividido entre o bem e o mal esse último expresso na forma de monstros. "Eles não são só imaginário", acredita a diretora Ione de Medeiros. "Apesar de termos leis cada vez mais duras, as atrocidades continuam a surpreender. E as pessoas criam monstros para lidar com o que não conhecem."
Na trama da peça, uma estrela (Aldebaran) 50 vezes mais brilhante do que o Sol vem salvar o planeta conteúdo que responde pelo caráter de ficção científica do trabalho.
Esses elementos simbólicos são levados ao palco pelo grupo com o uso de materiais precários, como o papel em várias formas (caixas de papelão trazendo impressas marcas de fabricantes de bens de consumo dão lugar a tótens, por exemplo,) e plástico bolha.
O nome do grupo sugere sua relação com diversas linguagens: "Desde o início, nunca foi puramente teatro. Tem dança, música e imagem", conta Ione, que está no grupo desde os primórdios, em 1977.
Em Aldebaran, bonecos e máscaras acrescentam ao clima de múltiplos interesses. Em outras montagens, panos e escadas foram exemplos do uso de materiais diversos em cena.
A peça estreou há duas semanas em Belo Horizonte e chega às capitais da Região Sul por um programa de circulação da Petrobras.
Em seu trabalho anterior, o Oficcina abordou Anton Tchékhov com As Últimas Flores do Jardim das Cerejeiras.