A evolução| Foto: Reprodução/G1
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Em meio a grupos de todos os cantos do Brasil que participam da Mostra Oficial desta edição do Festival de Teatro de Curitiba (FTC), os paranaenses são minoria. Apenas duas das 21 peças são do estado. No entanto, "Colônia Cecília", da Cia. Máscaras de Teatro e dirigida por João Luiz Fiani, está bem posicionada. A montagem é uma das que abrem a exibição principal do FTC nesta quinta-feira (22) às 20h30 no Guairinha. A outra é a comédia romântica "Os Dois Cavalheiros de Verona", dos cariocas do Grupo Nós no Morro, que tem primeira apresentação no mesmo dia e horário, no Guairão.

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A peça traz aos palcos uma história inspirada em uma comunidade anarquista real, fundada em 1890 onde hoje é o município de Palmeiras, na região Sul do Paraná, a 75 quilômetros de Curitiba. Composta por imigrantes italianos que buscavam uma sociedade igualitária onde pudessem viver, a Colônia Cecília enfrentou diversas dificuldades até se dissolver em 1893. "É uma história política, sim, mas acima de tudo humana", afirma o diretor João Luiz Fiani.

A primeira montagem do drama estreou em 1984, na comemoração do centenário do Teatro Guaíra, e teve nomes de peso do cenário nacional. A peça foi escrita pela dramaturga paulista Renata Pallottini para a ocasião e a montagem dirigida pelo também paulista Ademar Guerra, um dos grandes nomes do teatro brasileiro. No elenco original, Lala Schneider. "Essa peça é uma homenagem ao Ademar, com quem trabalhei muito tempo, inclusive na montagem original, e agora à Lala, que nos deixou recentemente", diz Fiani.

A montagem de Fiani conta com 32 atores em cena, entre eles o veterano Enéas Lour, indicado ao Troféu Gralha Azul de melhor ator em 2006. Eles tiveram preparação vocal do diretor musical do espetáculo, Marcyo Luz, que fará uma participação especial na peça ao lado de Ivan Graciano (filho do casal Nhô Belarmino e Nhá Gabriela). Para a montagem, foram compostas oito músicas a partir do texto de Pallottini.

Além disso, segundo Fiani, o texto, que tem uma estrutura bastante fragmentada e alterna momentos densos e leves, foi preservado e respeitado. "Procurei fazer com que os espectadores embarcassem nas emoções. Trabalhei bastante na interpretação para fazer esse envolvimento com o público, o que o texto possibilita, apesar de procurar manter uma distância crítica do espectador necessária à reflexão", explica.

Serviço: Colônia Cecília. Dias 22 e 23 de março, às 20h30. Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha). Rua XV de Novembro, s/n. Centro. Fones: 3304-7900 / 3304-7999

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