Atualizado às 14h18 A violeira mais importante do mundo e "Dama da viola", Helena Meirelles, morreu na madrugada desta quinta-feira (29), vítima de uma parada cardio-respiratória em sua casa em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Com a viola, Helena dedicou sua vida inteira ao som do mato, que traduzia a alma do pantaneiro.
Helena Meireles tinha 81 anos. Ela estava internada na Santa Casa, onde ficou internada por dez dias com pneumonia crônica e na última terça-feira ela recebeu alta.
O corpo da violeira está sendo velado no cemitério Parque das Paineiras, na avenida Tamandaré. O horário do sepultamento ainda não foi divulgado.
Nascida no dia 13 de agosto de 1924, Helena cresceu na fazenda Jararaca, que ficava na estrada Boiadeira, que liga Campo Grande ao porto 15 do Rio Paraná, divisa com o estado de São Paulo. Helena Meirelles cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros pantaneiros. Só de olhar, aprendeu a tocar viola e começou a surpreender desde jovem.
A música de Helena é reconhecida pelos sul-mato-grossense, como expressão das raízes e da cultura da região. Na juventude, chegava tocava de graça em festas, bailes e bares. Sua música é centrada em ritmos do Estado com influências paraguaias, entre eles, chamamé, rasqueado e polca.
Em 1980, foi apresentada por Inezita Barroso no programa "Mutirão", que a cantora comandava pela rádio USP de São Paulo. Inezita Barroso, nessa oportunidade apresentou Helena Meirelles tocando ao vivo e mostrando seu trabalho. Inezita também foi responsável por apresentar a violeira em seu programa "Viola, minha viola", na TV Cultura.
Entre os anos 80 e 90, gravou uma fita que não recebeu grande atenção em diversas rádios. Em 1992, Helena Meirelles se apresentou ao lado de Inezita Barroso e da dupla Pena Branca e Xavantinho no Teatro do Sesc, em São Paulo.
Mas o reconhecimento da violeira aconteceu em 1993, quando a revista norte-americana Guitar Player a escolheu como Instrumentista Revelação do Ano, com o Prêmio Spotlight. Um sobrinho de Helena enviou para a revista especializada, uma fita com gravações feitas em um pequeno estúdio. No mesmo ano tocou em um grande show em São Paulo com a dupla Tonico e Tinoco.
Helena Meirelles tocava também bandolim, rabeca e violão, mas é na viola que ela viajava por nossos rios e nossas matas para nos revelar um país musical e belo.
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