O escritor e artista chileno Pedro Lemebel morreu aos 62 anos na madrugada desta sexta (23) em uma clínica em Santiago, no Chile. Ele sofria de um câncer na laringe. Definido por seu compatriota Roberto Bolaño (1953-2003) como o "maior poeta de sua geração", Lemebel militou contra a ditadura de Pinochet (à frente do Chile de 1973 a 1990) e a favor da causa gay.
Autor de um romance ("Tengo Miedo Torero, de 2001") e diversos livros de crônicas, ficou conhecido pelo manifesto "Hablo por mi Diferencia" (falo por minha diferença), texto declamado em um ato político da esquerda em Santiago, em 1986.
No ano seguinte, fundou com o poeta e artista Francisco Casas o coletivo de arte "Las Yeguas del Apocalipsis" (as éguas do apocalipse). A primeira aparição dos dois foi na Faculdade de Artes da Universidade do Chile, onde entraram pelados, montados em um cavalo.
O duo fez diversas intervenções políticas. Em 2013, ganhou o José Donoso, importante prêmio literário do Chile, por, entre outros motivos, seu caráter de "cronista dos marginais". Ele rejeitava a definição. O autor esteve em São Paulo em novembro de 2013 para participar da Balada Literária, evento de encontros com escritores.Na ocasião, disse que seus textos eram escritos "a unhadas" e que era adepto do "sarcasmo proletário".
Uma cirurgia na laringe, feita em 2012, havia afetado sua voz. Não há obras suas publicadas no Brasil.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião