O escritor britânico de romances cômicos e de fantasia Terry Pratchett, conhecido mundialmente pela série Discworld, morreu nesta quinta-feira (12) aos 66 anos, informou sua editora, a Transworld Publishers.
“Terry faleceu em sua casa, com seu gato dormindo em sua cama cercado pela família no dia 12 de março. Ele lutou contra uma doença progressiva com sua determinação e criatividade, e continuou a escrever”, disse em nota seu editor, Larry Finlay.
Ele ressaltou que o escritor, que vendeu mais de 85 milhões de livros em 37 idiomas, enfrentou a doença publicamente sem perder o estilo.
“Nos últimos anos, era sua escrita o que o sustentava. Seu legado irá perdurar por décadas”, acrescentou o diretor da Transworld.
Finlay transmitiu suas condolências à viúva, Lyn, a filha do casal, Rhianna, seu amigo íntimo Rob Wilkins e a todas as pessoas próximas.
A notícia do falecimento do artista, conhecido por sua barba branca e onipresente chapéu, também foi divulgada em sua página oficial do Facebook.
“É com imensa tristeza que anunciamos que o autor Sir Terry Pratchett faleceu. O mundo perdeu uma de suas mentes mais brilhantes e afiadas. Descanse em paz Sir Terry Pratchett”, dizia o texto publicado.
No Twitter e no Facebook há várias mensagens comentando a notícia de sua morte.
Trajetória
Nascido em Beaconsfield, no condado inglês de Buckinghamshire, em 1948, Pratchett era o único filho de David e Eileen Pratchett e foi desde jovem um ávido leitor de ficção científica. Aos 13 anos, publicou seu primeiro conto na revista do colégio.
Após trabalhar como jornalista, publicou alguns livros de ficção científica nos anos 70 até que em 1983 fez sucesso com “A Cor da Magia”, o primeiro romance da popular série Discworld.
Seu 40º livro da coleção, “Raising Steam”, foi publicado em 2013. Em 2014, o autor completou sua última obra. Os livros de Pratchett foram adaptados ao cinema e a TV, e ele recebeu diversos prêmios, incluído a condecoração de cavaleiro do Império, que lhe rendeu o título de sir, concedido pela rainha Elizabeth II, em 2009, por seus serviços à literatura.
Em 2007, o escritor confessou que tinha Alzheimer e filmou um documentário sobre a evolução da doença para a emissora “BBC”. Nessa época, também fez numerosas doações à Fundação de Pesquisa do Alzheimer, no Reino Unido.