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O compositor e arranjador Moacir Santos morreu neste domingo, às 12h30m, horário de Los Angeles, onde morava. Ele estava internado há dois dias, depois de ter sofrido um derrame. O corpo do músico será enterrado em Los Angeles. Ele deixa mulher, Cleonice Santos, e um filho, Moacir Santos Filho. Moacir fez 80 anos no último dia 26 de julho, dias depois de ter ganhado o Prêmio Shell de Música, que receberia em novembro.

Compositor, arranjador, maestro, saxofonista, o pernambucano Moacir Santos era mestre, literalmente. Foi professor de João Donato, Paulo Moura, Baden Powell, Nara Leão, Roberto Menescal e Sergio Mendes. Nascido no sertão, o músico trabalhou em Recife, na Bahia, no Ceará e na Paraíba, até chegar ao Rio de Janeiro, em 1948. onde ficou 19 anos na Rádio Nacional.

Foi homenageado por Vinicius de Morais em "Samba da benção" "Moacir Santos/ tu que não és um só, és tantos/ como este meu Brasil de todos os santos"), e com ele compôs algumas de suas mais famosas canções, como "Menino travesso" e "Se você disser que sim".

Moacir vivia em Los Angeles desde 1967 e teve maior reconhecimento nos Estados Unidos do que em seu próprio país. Ele gravou pelo prestigiado selo Blue Note os LPs "Saudade" (1972) e "Maestro" (1974), foi indicado ao Grammy e compôs trilhas sonoras para cinema.

O resgate de sua música no Brasil se deu em 2001, quando sua obra foi regravada no CD duplo e no DVD "Ouro negro", produzidos por Mario Adnet e Zé Nogueira. Os dois, discípulos fiéis do mestre, prepararam três songbooks já lançados. O primeiro dedicado a "Coisas", o segundo com os arranjos de "Ouro negro" e o terceiro com as partituras de "Choro & alegria".

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