O escritor alemão Günter Grass, Prêmio Nobel de Literatura em 1999 e autor de obras como “O Tambor” (1959) e “A Ratazana” (1986), morreu nesta segunda-feira (13) aos 87 anos.
O anuncio de sua morte foi dado pela conta no twitter de sua editora: “O Prêmio Nobel de Literatura Günter Grass faleceu esta manhã aos 87 anos de idade em uma clínica de Lübeck, norte da Alemanha”, informou a editora Steidl. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Nascido em 16 de outubro de 1927, na cidade de Gdansk, Günter Grass se destacou na literatura alemã nas décadas de 1960 e 1970 ao expor em livros o passado nazista de seu país e provocou muita polêmica quando em 2006 admitiu que na juventude integrou as Waffen SS, forças de elite de Adolf Hitler. Isto ele publicou no livro “Descascando a cebola”, que faz parte de suas memórias
Com uma trajetória dividida ente literatura com escultura e artes gráficas e também era conhecido como um dos principais representantes do “teatro do absurdo” da Alemanha. Grass estudou Artes em Düsseldorf e em Berlim, e, após a 2ª Guerra, se juntou ao grupo 47 com escritores como Ingeborg Bachmann e Heinrich Böll.
Em 1956 passa a viver em Paris e trabalhar no romance “O tambor”, que conta a história da Alemanha na primeira metade do século 20 através da vida de um menino que se recusa a crescer. O livro foi atacado por críticos, negado pelo prêmio de literatura Bremen por senadores ultrajados, queimado em Düsseldorf e se tornou um best-seller mundial.
Conhecido por suas convicções políticas social-democratas, Günter Grass tinha anunciado em janeiro de 2014, que deixaria de escrever romances devido à sua idade avançada. “Meu estado de saúde não me permite conceber projetos de cinco ou seis anos e esta seria a condição para o trabalho de pesquisa para um romance”, disse, na ocasião.
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