Morre Jair Moraes, um dos grandes nomes da dança no Brasil

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Morreu na manhã deste domingo (25) o coreógrafo, diretor e bailarino Jair Moraes, aos 70 anos. Criador da primeira companhia de dança exclusivamente masculina do Brasil e um dos maiores expoentes dança no país, Moraes encontrava-se internado desde agosto deste ano por conta de uma infecção pulmonar grave.

Moraes tinha 50 anos de carreira, vários deles no Teatro Guaíra, em Curitiba, e revelou diversos talentos brasileiros. O reconhecimento pelo trabalho do artista chegou a mobilizar bailarinos para uma apresentação em sua homenagem em outubro, quando já se encontrava hospitalizado. O espetáculo “Todos com Jair Moraes” reuniu 13 companhias e grupos de dança locais no auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão) e teve o valor arrecadado pela bilheteria revertido para custeio do tratamento.

Seus primeiros passos na dança aconteceram no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, principal companhia da capital carioca, onde nasceu em 1946. Depois, dançou no Corpo de Baile do Teatro Guaíra, de 1970 a 1972, no Corpo de Baile do Theatro Municipal de São Paulo, de 1972 a 1973, além de ter participado por oito anos do Ballet Gulbenkian de Lisboa.

Em 1979, já como primeiro bailarino, tornou-se maitre do Balé Teatro Guaíra (BTG). Também foi professor da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville, e maitre da São Paulo Companhia de Dança. Acumulou diversos prêmios ao longo da carreira, incluindo Revelação do Festival de Nervi (Itália), Melhor Bailarino no Festival de Inverno de Cascais (Portugal), Melhor Coreógrafo no Concurso de Coreografia Havana (Cuba), entre outros.

Cia de Dança Masculina Jair Moraes

Em 2003, criou a Cia de Dança Masculina Jair Moraes em Curitiba, o primeiro grupo independente de dança no Brasil formado exclusivamente por homens. Pela iniciativa, em 2009 Moraes recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, da Fundação Nacional das Artes.

Página da companhia no Facebook pediu orações e pensamentos positivos a Jair Moraes em agosto, quando o coreógrafo foi internado:

Colaborou: Cecília Tümler