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A bailarina Eugenia Feodorova morreu na manhã de segunda-feira (16), aos 82 anos. Ela estava internada há três semanas no Hospital São Silvestre, com complicações decorrentes de uma antiga operação na bexiga.

Ucraniana, Eugenia chegou ao Rio de Janeiro em 1954, trazida por Dalal Achcar, para montar a companhia Ballet do Rio de Janeiro. Responsável pela versão completa de "O Quebra-nozes", ela trouxe o balé com prólogo e dois atos ao Teatro João Caetano, em 1956. Em 1958, estreou no Teatro Municipal como coreógrafa e maître de balé, sendo responsável pela primeira montagem completa de "O lago dos cisnes" na América do Sul, em 1959 .

A bailarina começou sua carreira com 6 anos, em Kiev, onde foi solista do Teatro Estatal. Depois da Segunda Guerra Mundial, quando foi levada para um campo de trabalho forçado, ela continuou sua carreira como primeira-bailarina da Companhia Orlikovsky, em Munique. Também foi primeira-bailarina da Ópera de Liège, na Bélgica, e do Ballet do Scala de Milão, onde trabalhou ainda como coreógrafa.

Há 50 anos, criou a Academia de Ballet Eugenia Feodorova, em Copacabana, onde formou bailarinos como Rosália Verlangieri, Isolina Sodré, Armando Nesi, Eleonora Aragão, Nair Moussatché, Norma Pinna e Roberto de Oliveira — que hoje é um dos responsáveis pela administração do espaço, onde ensaia com sua companhia de dança, a DeAnima.

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