Morre no Rio o ator Fernando Torres

O ator, produtor e diretor Fernando Torres morreu em casa nesta quinta-feira (4), aos 80 anos, no Rio de Janeiro. Torres morreu de efisema pulmonar, segundo informação de sua empresária.

De uma família de artistas, ele era casado com Fernanda Montenegro e pai de Fernanda Torres e do cineasta Cláudio Torres.

Um dos grandes nomes do teatro brasileiro, Fernando estreou no teatro em 1949, atuando em "A Dama da Madrugada", de Alejandro Casona.

Nos anos de 1956 a 1958, trabalha no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, como ator e como assistente de direção, e assina pela primeira vez a direção de um espetáculo em "Quartos Separados", 1958.

História

O ator já participou de inúmeros trabalhos no cinema e na televisão, tanto como ator quanto diretor. Em frente às câmeras, participou de novelas como "Laços de Família", "Baila Comigo" e "Zazá", além de ter assumido a direção de "Minha Doce Namorada" e "Ana".

No cinema, atuou apenas como ator, e participou de filmes como "Rendentor", "O Beijo da Mulher Aranha" e "Os Inconfidentes".

Colegas de teatro e televisão lamentam morte de Fernando Torres

A atriz Eva Wilma, que trabalhou com o ator Fernando Torres ao longo de sua carreira, lamentou a morte do colega nesta quinta-feira (4). "É como se fôssemos irmãos mesmo. Ele sempre foi um companheirão, um grande exemplo de obstinação, de amor ao teatro e à criatividade", declarou a atriz por telefone à Globo News.

Apesar de lembrar o sofrimento que Torres vinha passando desde a descoberta da doença pulmonar, a atriz destacou também o lado bem humorado do colega. "A alegria de viver sempre foi característica dele. Um humor às vezes até sarcástico, inteligente."

O também ator e amigo de longa data Sergio Britto afirmou que Torres e Fernanda Montenegro - com quem Fernando era casado - eram "uma continuação da minha família". "Eu vinha vendo Fernando sofrendo ultimamente, mas era um homem muito corajoso, muito bravo, uma pessoa maravilhosa que sofreu em silêncio. Acho que Deus deu o descanso que ele precisava".

Britto, que conheceu Torres no início da carreira, nos tempos de teatro universitário, sublinhou ainda a paixão do colega pelo ofício. "O teatro é algo que te dá uma força especial, mas você precisa ser apaixonado por ele, acreditar nele profundamente como Fernando, Fernanda e eu acreditamos. O Fernando era um desvairado apaixonado pelo teatro", completou.